Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
17/08/2002 - 03h21

Av. Paulista ganhará 30 guaritas para PM

Publicidade

ALENCAR IZIDORO
da Folha de S.Paulo

A área do antigo terminal rodoviário Bresser foi cedida pelo Metrô de São Paulo para a PM e será utilizada na coordenação de um novo policiamento na região central, a ser implantado no mês que vem, às vésperas das eleições.

O 34º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, fixado há dois meses no lugar onde partiam os ônibus para Minas, já começou a treinar parte dos 500 PMs que atuarão em cabines fixas e farão rondas a pé e de metrô. O recrutamento deu preferência para quem fala mais de uma língua. O trabalho começará na avenida Paulista.

A partir da segunda quinzena de setembro, 60 PMs do novo batalhão farão a segurança em 30 guaritas móveis cedidas pela Associação Viva Paulista. Elas funcionarão das 7h às 21h e estarão nos 2,7 km da avenida _ou seja, em média, uma a cada 90 metros.

Essa primeira atividade dos policiais do 34º batalhão será um teste do projeto. O coronel Alexandre Melchior Rodrigues, comandante do policiamento na região central, diz que a idéia é usar a unidade para aproximar a PM dos comerciantes e da população.

Ele afirma que a Polícia Militar já procurava um espaço para a instalação do quarto batalhão da área central antes da desativação do Bresser, em dezembro passado, cujas linhas foram levadas ao Tietê. Na cidade inteira, há 22 batalhões. "É uma localização estratégica para a locomoção", diz.

O Metrô, que é dono da área, chegou a estudar a possibilidade de concedê-la para a instalação de uma faculdade, estacionamento ou shopping. Na decisão final, pesou a pressão do governo Geraldo Alckmin (PSDB) de priorizar a segurança neste ano de campanha.

"Ter um batalhão da PM grudado na estação de metrô dá mais segurança. Os policiais passam a usar as estações com mais frequência, não só no trabalho como na volta para casa", afirma José Luiz Bastos, chefe do Departamento de Segurança do Metrô.

Segundo levantamento da Ouvidoria da Polícia de São Paulo, das 43 reclamações feitas por falta de policiamento neste ano, 8 se referiam ao centro. As demais se dividiam na capital paulista -sendo 17 em bairros periféricos.

Além da maior visibilidade, a escolha da avenida Paulista para as primeiras atividades dos policiais do 34º batalhão foi facilitada pela parceria com a Associação Paulista Viva, que vai gastar R$ 3.000 na compra de cada guarita.

Elas são de fibra de vidro e pesam 70 kg _permitindo a retirada de madrugada, para evitar vandalismo quando não houver policiamento. "Elas vão ficar a 80 centímetros do chão. Os policiais terão mais visão e serão vistos com facilidade. Não ficarão perdidos no meio dos pedestres", diz Nelson Baeta Neves, presidente da Associação Paulista Viva.

O modelo é personalizado, com emblema da PM e faixas vermelha e cinza. Os policiais do 34º também terão uniforme diferenciado _os que falam mais de uma língua terão uma bandeira no braço com a identificação do país.

Segundo Baeta Neves, a entidade pretende gastar R$ 400 mil por ano com projetos de segurança na avenida Paulista _além das guaritas, eles vão fornecer rádios para os PMs e pretendem instalar câmeras. Os investimentos da associação, fundada em 1992, são bancados por comerciantes.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página