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20/08/2002 - 21h55

Vado, traficante que estaria envolvido com cantor Belo, é morto no Rio

CARLOS FERREIRA
da Folha Online

O traficante Valdir Ferreira, o Vado, foi morto hoje em uma incursão de policias militares do 3º BPM (Méier) na favela do Jacarezinho, no Rio. Ele era apontado pela polícia como gerente do tráfico na favela e estaria envolvido também com o cantor Belo, de quem supostamente recebia dinheiro.

Segundo a PM, um grupo com mais de 20 bandidos foi surpreendido pelos policiais por volta das 20h30 quando começou a troca de tiros. Além de Vado, que portava um fuzil G-3, Rodrigo Cláudio de Moraes Silva, que tinha em seu poder uma submetralhadora, foi morto.

Vado foi atingido por vários tiros de fuzil. Uma granada, que, segundo a PM, seria jogada contra a polícia, teria explodido. Estilhaços teriam atingido o traficante, que foi reconhecido pela tatuagem de tubarão no peito. Para evitar protestos, a PM ocupou a favela.

Outras seis pessoas foram atingidas na troca de tiros, entre elas uma menina de quatro anos, que foi atingina na perna. Todas passam bem.

A família já reconheceu o corpo de Vado, que está no hospital Salgado Filho.

Caso Belo
Há a suspeita de envolvimento do cantor Marcelo Pires Vieira, o Belo, e o traficante Vado. De acordo com Zaqueu Teixeira, chefe da Polícia Civil do Rio, Vado é um dos gerentes de um dos pontos de drogas comandados por Elias Maluco e Belo entraria no esquema "financiando a aquisição de armas".

As suspeitas de envolvimento entre os dois surgiram a partir de grampos, autorizados pela Justiça, feitos em celulares do criminoso.

Na conversa, o traficante pede R$ 11 mil para comprar um "tecido fino". Em troca, daria um "tênis AR". Para a polícia, o "tecido fino" é cocaína e o tênis, um fuzil AR-15.

Novas conversas entre os dois foram apresentadas no dia 11 deste mês, pela Rede Globo, onde Belo demonstrava intimidade com Vado.

Belo se entregou à polícia em 5 de junho, depois de passar uma semana foragido.

Ele ficou detido na carceragem da DAS (Delegacia Anti-Sequestro), no Leblon, zona sul, por 37 dias, até ser beneficiado pelo habeas corpus concedido pelo presidente do STF, ministro Marco Aurélio de Mello, durante o recesso do judiciário.


Leia mais:
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