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25/08/2002
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11h36
Arrumar as malas e descer para o litoral norte de São Paulo neste mês de agosto não é somente uma opção para aproveitar o sol forte sem risco de chuvas. Com um menor índice de poluição que as cidades do Vale do Paraíba, a região litorânea consegue, mesmo nesta época do ano, manter bons níveis de umidade relativa do ar, amenizando o clima seco do período.
Enquanto em São José dos Campos o calor forte e a poluição contribuem para reduzir os índices de umidade do ar _no dia 13 era de 21%_, no litoral norte o índice não chega a menos de 50% devido ao mar.
"O vento traz a umidade do oceano que pára na serra. Por isso, mesmo com o calor, o clima é mais fresco e agradável. É a melhor época porque não está tudo lotado, o calor não é excessivo e não há chuva", disse o meteorologista Marcelo Seluchi, 40, responsável pela previsão do tempo no Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos).
Segundo Seluchi, o clima seco é comum nesta época, porém, neste ano, a umidade está mais baixa porque o período de chuvas terminou antes do normal.
"Choveu pouco neste ano. O solo fica mais seco sem chuvas e também pela pressão de um anticiclone sobre o Atlântico, que mantém a atmosfera seca", afirmou o meteorologista.
Um outro agravante que contribuiu para diminuir a umidade relativa do ar em todo Estado de São Paulo foi um vento noroeste vindo da região Centro-Oeste. "Esse vento trouxe uma massa de ar seco para São Paulo", disse o pesquisador.
A poluição aliada à fumaça das queimadas, segundo Seluchi, não consegue se dispersar por causa do anticiclone, que está mais intenso neste ano.
"O anticiclone é um sistema de alta pressão que estabiliza a atmosfera seca, inibindo a formação de nuvens", afirmou Seluchi.
A formação de nuvens que trariam chuvas para o Vale está descartada pelo menos até as primeiras semanas de setembro, mas na serra o fenômeno pode acontecer por causa da umidade do ar, que acaba amenizando a temperatura no litoral norte. Segundo o meteorologista responsável por um grupo de previsão do tempo do Cptec Sérgio Calbet, por causa da umidade, o litoral norte não deve ter temperaturas acima dos 34°C, a máxima já registrada na área.
"As temperaturas registradas neste mês de agosto são típicas de novembro. No Vale do Paraíba, os picos de temperatura, que registram 37°C, devem acontecer em setembro", disse Calbet.
Sol fraco
Outra vantagem apontada pelo pesquisador é que, mesmo com as altas temperaturas, o sol não é tão nocivo à pele como no verão. "Nesta época o Sol ainda está afastado do hemisfério sul. O cuidado com o sol na pele deve existir sempre, mas neste período não precisa ser extremo", disse o meteorologista.
Teste
Seluchi explicou que há uma maneira simples de saber se o sol será nocivo para a pele. "Basta ficar em pé e observar a sombra do corpo. Se ela for maior do que o corpo, o sol é inofensivo. Se a sombra for curta, é preocupante", diz.
O calor não mexeu com os ânimos do turista que prefere serra as praias. Com a média de 18°C, Campos do Jordão, na serra da Mantiqueira, três graus acima da média histórica, está com 50% das vagas dos hotéis preenchidas _volume normal para esta época do ano.
Umidade relativa torna viagem ao litoral agradável
da Folha ValeArrumar as malas e descer para o litoral norte de São Paulo neste mês de agosto não é somente uma opção para aproveitar o sol forte sem risco de chuvas. Com um menor índice de poluição que as cidades do Vale do Paraíba, a região litorânea consegue, mesmo nesta época do ano, manter bons níveis de umidade relativa do ar, amenizando o clima seco do período.
Enquanto em São José dos Campos o calor forte e a poluição contribuem para reduzir os índices de umidade do ar _no dia 13 era de 21%_, no litoral norte o índice não chega a menos de 50% devido ao mar.
"O vento traz a umidade do oceano que pára na serra. Por isso, mesmo com o calor, o clima é mais fresco e agradável. É a melhor época porque não está tudo lotado, o calor não é excessivo e não há chuva", disse o meteorologista Marcelo Seluchi, 40, responsável pela previsão do tempo no Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos).
Segundo Seluchi, o clima seco é comum nesta época, porém, neste ano, a umidade está mais baixa porque o período de chuvas terminou antes do normal.
"Choveu pouco neste ano. O solo fica mais seco sem chuvas e também pela pressão de um anticiclone sobre o Atlântico, que mantém a atmosfera seca", afirmou o meteorologista.
Um outro agravante que contribuiu para diminuir a umidade relativa do ar em todo Estado de São Paulo foi um vento noroeste vindo da região Centro-Oeste. "Esse vento trouxe uma massa de ar seco para São Paulo", disse o pesquisador.
A poluição aliada à fumaça das queimadas, segundo Seluchi, não consegue se dispersar por causa do anticiclone, que está mais intenso neste ano.
"O anticiclone é um sistema de alta pressão que estabiliza a atmosfera seca, inibindo a formação de nuvens", afirmou Seluchi.
A formação de nuvens que trariam chuvas para o Vale está descartada pelo menos até as primeiras semanas de setembro, mas na serra o fenômeno pode acontecer por causa da umidade do ar, que acaba amenizando a temperatura no litoral norte. Segundo o meteorologista responsável por um grupo de previsão do tempo do Cptec Sérgio Calbet, por causa da umidade, o litoral norte não deve ter temperaturas acima dos 34°C, a máxima já registrada na área.
"As temperaturas registradas neste mês de agosto são típicas de novembro. No Vale do Paraíba, os picos de temperatura, que registram 37°C, devem acontecer em setembro", disse Calbet.
Sol fraco
Outra vantagem apontada pelo pesquisador é que, mesmo com as altas temperaturas, o sol não é tão nocivo à pele como no verão. "Nesta época o Sol ainda está afastado do hemisfério sul. O cuidado com o sol na pele deve existir sempre, mas neste período não precisa ser extremo", disse o meteorologista.
Teste
Seluchi explicou que há uma maneira simples de saber se o sol será nocivo para a pele. "Basta ficar em pé e observar a sombra do corpo. Se ela for maior do que o corpo, o sol é inofensivo. Se a sombra for curta, é preocupante", diz.
O calor não mexeu com os ânimos do turista que prefere serra as praias. Com a média de 18°C, Campos do Jordão, na serra da Mantiqueira, três graus acima da média histórica, está com 50% das vagas dos hotéis preenchidas _volume normal para esta época do ano.
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