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27/07/2000
-
04h33
DA REPORTAGEM LOCAL
Cerca de 50 pessoas, inclusive crianças e um bebê de dez dias, vivem sob o viaduto na avenida Vereador José Diniz (zona sul de SP).
Na última sexta-feira, quando houve uma ação da regional de Santo Amaro no local, segundo eles, tiveram roupas, cobertores, material escolar, alimentos e remédios confiscados.
"Quando cheguei aqui, estavam todos com a roupa do corpo", afirma Maria da Graça Soares Pinheiro, coordenadora de um grupo que ajuda os moradores.
Aparecido Santos Cruz, 21, disse que não foi a primeira vez que o "rapa" esteve no local. "Eles levaram as carroças que todo mundo usa para pegar papelão na rua. Quem reclama é ameaçado ou até agredido", afirmou.
"Não nos oferecem nada de concreto. Às vezes, querem nos levar para albergues, o que não vai resolver o problema", disse a moradora Mara Bonfim Pereira, 34.
"Levaram meus cadernos, canetas e lápis", contou Fernando Gomes Cruz Serafim, 13, que cursa a sexta série numa escola estadual. Todas as crianças que vivem no local vão à escola.
Os moradores do viaduto Santo Amaro (também na região sul) dizem que lá acontece o mesmo. "O pessoal às vezes nos avisa, e escondemos algumas coisas", disse Silvana Santana, 37.
Outro lado
O administrador da regional de Santo Amaro, Douglas Marnei Raggi Gamero, nega que tenham sido confiscados objetos pessoais. "Nas operações que acompanhei, só levamos os carrinhos de catar papel". Ele não estava presente na blitz de sexta-feira passada.
A secretária da Assistência Social do município, Alda Marco Antonio, disse que a regional tem a obrigação por lei de recolher tudo que esteja em vias públicas. "Agora, se houve excesso, eu não sei", afirmou.
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"O 'rapa' levou tudo", afirmam moradores a respeito de ação da prefeitura de São Paulo
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Cerca de 50 pessoas, inclusive crianças e um bebê de dez dias, vivem sob o viaduto na avenida Vereador José Diniz (zona sul de SP).
Na última sexta-feira, quando houve uma ação da regional de Santo Amaro no local, segundo eles, tiveram roupas, cobertores, material escolar, alimentos e remédios confiscados.
"Quando cheguei aqui, estavam todos com a roupa do corpo", afirma Maria da Graça Soares Pinheiro, coordenadora de um grupo que ajuda os moradores.
Aparecido Santos Cruz, 21, disse que não foi a primeira vez que o "rapa" esteve no local. "Eles levaram as carroças que todo mundo usa para pegar papelão na rua. Quem reclama é ameaçado ou até agredido", afirmou.
"Não nos oferecem nada de concreto. Às vezes, querem nos levar para albergues, o que não vai resolver o problema", disse a moradora Mara Bonfim Pereira, 34.
"Levaram meus cadernos, canetas e lápis", contou Fernando Gomes Cruz Serafim, 13, que cursa a sexta série numa escola estadual. Todas as crianças que vivem no local vão à escola.
Os moradores do viaduto Santo Amaro (também na região sul) dizem que lá acontece o mesmo. "O pessoal às vezes nos avisa, e escondemos algumas coisas", disse Silvana Santana, 37.
Outro lado
O administrador da regional de Santo Amaro, Douglas Marnei Raggi Gamero, nega que tenham sido confiscados objetos pessoais. "Nas operações que acompanhei, só levamos os carrinhos de catar papel". Ele não estava presente na blitz de sexta-feira passada.
A secretária da Assistência Social do município, Alda Marco Antonio, disse que a regional tem a obrigação por lei de recolher tudo que esteja em vias públicas. "Agora, se houve excesso, eu não sei", afirmou.
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