Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
18/06/2009 - 10h50

Menino Sean vai ficar com pai até fim de recurso

Publicidade

DENISE MENCHEN
da Folha de S.Paulo, no Rio

O juiz Rafael de Souza Pereira Pinto, da 16ª Vara Federal do Rio de Janeiro, determinou anteontem que Sean Goldman, de 9 anos, fique sob os cuidados de seu pai antes mesmo do julgamento do recurso que suspendeu o retorno imediato do menino aos Estados Unidos.

Pela nova decisão a que a Folha teve acesso ontem, a criança ficará com o americano David Goldman das 9h de segunda-feira às 20h de sábado, ininterruptamente, sempre que o americano estiver no Brasil.

No dia 1º, o juiz havia determinado que Sean fosse entregue ao consulado norte-americano no Rio em um prazo máximo de 48 horas, de onde partiria para os EUA com o pai.

O padrasto da criança, João Paulo Lins e Silva, obteve no TRF (Tribunal Regional Federal) uma liminar suspendendo a sentença e conseguiu mantê-lo no Brasil.

De acordo com a nova sentença do juiz Pereira Pinto, a decisão terá validade até que o recurso do padrasto seja julgado ou que alguma decisão em contrário seja proferida por instâncias superiores. O advogado do padrasto vai recorrer dessa nova decisão.

Nascido nos EUA, Sean veio ao Brasil em 2004, trazido pela mãe, Bruna Bianchi. Desde então o pai tenta levar o filho de volta aos EUA com base na Convenção de Haia sobre sequestro internacional de crianças.

Com a morte de Bruna, no ano passado, a batalha judicial passou a ser travada por Goldman e o padrasto do menino.

Após mais de quatro anos afastados, Sean e o pai se encontraram neste ano no Rio, onde o menino mora com o padrasto, os avós maternos e a irmã, fruto do relacionamento de Bruna com Lins e Silva.

O advogado de João Paulo Lins e Silva, Sergio Tostes, afirmou que irá entrar com novo recurso contra a alteração da sentença por parte do juiz. Ele disse, porém, que a nova decisão "já é uma melhora".

"A família continua achando muito ruim, mas pelo menos ele [Sean] não sai do Brasil. Se ele fosse entregue ao consulado americano, não voltaria nunca mais. Agora, na pior das hipóteses, o David vem morar no Brasil", disse.

Ele afirmou não saber se Goldman está no Brasil e também que o mesmo não entrou em contato com a família.

O advogado de David Goldman, Ricardo Zamariola, não atendeu às ligações da Folha nem respondeu aos recados deixados na secretária eletrônica de seu celular até a noite de ontem.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página