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05/09/2002
-
13h44
da Folha Online
A equipe da Polícia Militar responsável pela apreensão de um álbum com fotos do cantor Belo em uma casa em Osasco, na Grande São Paulo, responderá a inquérito por desobediência e usurpação da função pública.
Com um mandado de busca e apreensão, policiais entraram na noite de segunda-feira em uma casa no Jardim Eliza Maria. No local, encontraram 32 gramas de maconha e uma pistola. Um casal foi preso.
Em outra casa, nos fundos do terreno, a polícia apreendeu o álbum de fotografias. O local estava vazio. Segundo a Polícia Civil, as fotos são da moradora da casa, que comemorou aniversário em um bar, há quatro anos, durante um show do grupo Soweto, antiga banda de Belo.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o inquérito será aberto pela Delegacia Seccional de Osasco porque a equipe da PM desrespeitou a ordem judicial, que obrigava a participação de um delegado na operação de busca e apreensão. De acordo com a secretaria, os PMs não serão punidos até a conclusão das investigações.
A princípio, foram levantadas suspeitas de que o cantor aparecia nas fotos ao lado de traficantes da região.
Belo responde a processo do Rio de Janeiro por associação com o tráfico. As suspeitas de envolvimento do cantor com o traficante Valdir Ferreira, o Vado, apontado pela polícia como gerente do tráfico na favela do Jacarezinho, zona norte, surgiram a partir de grampos, autorizados pela Justiça, feitos em celulares do criminoso.
Na conversa, o traficante pede R$ 11 mil para comprar um "tecido fino". Em troca, daria um "tênis AR". Para a polícia, o "tecido fino" é cocaína e o tênis, um fuzil AR-15.
Belo teve prisão preventiva decretada e se entregou à polícia em 5 de junho, depois de passar uma semana foragido. Ele ficou detido na carceragem da DAS (Delegacia Anti-Sequestro), no Leblon, zona sul, por 37 dias, até ser beneficiado por um habeas corpus concedido pelo presidente do STF, ministro Marco Aurélio de Mello, durante o recesso do judiciário.
Equipe da PM que apreendeu fotos de Belo responderá a inquérito
MILENA BUOSIda Folha Online
A equipe da Polícia Militar responsável pela apreensão de um álbum com fotos do cantor Belo em uma casa em Osasco, na Grande São Paulo, responderá a inquérito por desobediência e usurpação da função pública.
Com um mandado de busca e apreensão, policiais entraram na noite de segunda-feira em uma casa no Jardim Eliza Maria. No local, encontraram 32 gramas de maconha e uma pistola. Um casal foi preso.
Em outra casa, nos fundos do terreno, a polícia apreendeu o álbum de fotografias. O local estava vazio. Segundo a Polícia Civil, as fotos são da moradora da casa, que comemorou aniversário em um bar, há quatro anos, durante um show do grupo Soweto, antiga banda de Belo.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o inquérito será aberto pela Delegacia Seccional de Osasco porque a equipe da PM desrespeitou a ordem judicial, que obrigava a participação de um delegado na operação de busca e apreensão. De acordo com a secretaria, os PMs não serão punidos até a conclusão das investigações.
A princípio, foram levantadas suspeitas de que o cantor aparecia nas fotos ao lado de traficantes da região.
Belo responde a processo do Rio de Janeiro por associação com o tráfico. As suspeitas de envolvimento do cantor com o traficante Valdir Ferreira, o Vado, apontado pela polícia como gerente do tráfico na favela do Jacarezinho, zona norte, surgiram a partir de grampos, autorizados pela Justiça, feitos em celulares do criminoso.
Na conversa, o traficante pede R$ 11 mil para comprar um "tecido fino". Em troca, daria um "tênis AR". Para a polícia, o "tecido fino" é cocaína e o tênis, um fuzil AR-15.
Belo teve prisão preventiva decretada e se entregou à polícia em 5 de junho, depois de passar uma semana foragido. Ele ficou detido na carceragem da DAS (Delegacia Anti-Sequestro), no Leblon, zona sul, por 37 dias, até ser beneficiado por um habeas corpus concedido pelo presidente do STF, ministro Marco Aurélio de Mello, durante o recesso do judiciário.
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