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08/09/2002 - 10h59

Estrangulador de Guarulhos pode voltar a atacar, diz especialista

do Agora

"Serial killer só pára de matar se for preso ou morto". A afirmação é de Ilana Casoy, escritora brasileira que estudou os mais famosos casos de matadores em série do mundo.

Ela ajudará a Polícia de Guarulhos (Grande São Paulo) a traçar o perfil do criminoso que aterroriza a cidade. O estrangulador pode ter feito dez vítimas no município e na divisa com o Jaçanã, bairro da zona norte da capital.

São mulheres e garotas mortas por estrangulamento, encontradas com panos ou alças de bolsa em volta do pescoço. Em pelo menos oito dos dez crimes, há um detalhe em comum: eletrodomésticos (TV, videocassete, ou aparelho de som) são roubados das casas das vítimas.

Os estudos feitos pela escritora _cujo livro, "Serial Killer -Louco ou Cruel?", está na terceira edição_ devem servir de apoio à Polícia Civil de Guarulhos em toda a investigação. Por indicação de policiais do setor de Homicídios de São Paulo, ela já foi citada pelo delegado de Homicídios de Guarulhos, Jackson Batista, como colaboradora nas investigações.

"Qualquer serial killer [assassino em série] volta a atacar. A única coisa que não se sabe é quando", declarou Ilana. A escritora foi além. "Esse tipo de criminoso, como o de Guarulhos, só pára de matar em duas situações: preso ou morto".

Ilana, formada em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas, afirma que a prisão do estrangulador, assim como a de outros assassinos em série _como Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque_ exigem investigações sofisticadas e muito difíceis. "É difícil a elucidação do crime, pois não há motivação. Além disso, nossa polícia é especializada em pegar bandidos, e não serial killers", disse a escritora.

Segundo ela, além da falta de especialização, a polícia esbarra em outro problema: não existem investigações interestaduais em casos como esse.

A criação de uma força-tarefa (com as polícias Militar e Civil, mais especialistas no assunto) é uma estratégia para que o estrangulador de Guarulhos seja preso.

O modus operandi (maneira de agir) de maníacos pode mudar, segundo a escritora. "O assassino vai matando e adquire experiência. Por isso, para facilitar a ação, ele muda a maneira de agir. Ele pode achar que ir de moto até o local do crime, em vez de carro, é mais fácil", afirmou a escritora, que prepara um livro sobre serial killers brasileiros.

No entanto, Ilana afirma que o assassino não muda a "assinatura do crime". No caso de Guarulhos, para ela, a assinatura são os panos, roupas e alças de bolsas usados no assassinato em volta do pescoço da vítima estrangulada.
 

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