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13/09/2002 - 18h35

Secretário da Prefeitura de Amambaí (MS) é preso com 49 kg de cocaína

FABIANO MAISONNAVE
da Agência Folha, em Campo Grande

A Polícia Federal de Mato Grosso do Sul prendeu hoje em flagrante o secretário da Administração de Amambaí (341 km ao sul de Campo Grande), Cleomar Dutra Flores (PMDB), 45, com 49 quilos de cocaína pura. Foi a segunda maior apreensão da droga este ano no Estado.

A operação policial, montada pelo serviço de inteligência da PF, aconteceu por volta das 6h em uma rodovia que liga Amambaí a Tacuru, na região de fronteira com o Paraguai.

Bastante conhecido na região, Flores tentou usar a carteira funcional de secretário para evitar a fiscalização do seu carro, que, segundo um dos agentes envolvidos na operação, tinha adesivos da candidata a governadora Marisa Serrano (PSDB) e do candidato do Senado à reeleição, Ramez Tebet (PMDB). Flores já havia sido prefeito de Aral Moreira, também localizada na região.

A droga, dividida em 45 pacotes, estava escondida nas laterais da caçamba do veículo, modelo Fiat Strada. O carro está registrado em nome do secretário.

Segundo a polícia, Flores disse que levaria a droga até São Paulo e receberia R$ 15 mil pelo transporte. Ele também teria dito que está passando por dificuldades financeiras. O secretário, no entanto, teria se recusado a informar para a quem entregaria a droga.

A polícia acredita que não foi a primeira vez que ele transportou cocaína e que se aproveitava do fato de ser conhecido para ter trânsito livre pela região.

Exoneração
O prefeito de Amambaí, Dirceu Lanzarini (PSDB), determinou a exoneração do secretário. Lanzarini afirmou que desconhecia a ligação de Flores com o tráfico e que ele havia pedido dispensa naquele dia para tratar de "assuntos particulares" no Paraná.

O presidente do PMDB de Mato Grosso do Sul, deputado federal Waldemir Moka, lamentou a prisão e disse que o partido tomará providências. "Ele praticou um crime contrário a tudo que a gente defende", disse.

De acordo com a delegacia da PF em Ponta Porã, para onde Flores foi encaminhado, ele ainda não tem advogado e essa é sua primeira passagem pela polícia. Na semana que vem, Flores deve ser transferido para o presídio de Iguatemi (MS).

A pena para tráfico de entorpecentes varia entre 3 e 15 anos de reclusão, segundo a PF.
 

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