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14/09/2002
-
23h24
da Folha Online
O coronel da reserva Ubiratan Guimarães, 59, responsável pela operação da Polícia Militar que terminou com a morte de 111 detentos no Carandiru em 1992, diz que a desativação do presídio é uma "irresponsabilidade".
No ano passado, o coronel foi condenado a 632 anos de prisão pela morte de 102 presos e por cinco tentativas de homicídio no massacre do Carandiru. Ele recorreu da decisão, solicitando a anulação do julgamento, e continua livre, por decisão da Justiça.
"Eu acho que no atual momento é uma irresponsabilidade, uma incoerência. Digo isso porque todos os presídios já está com superlotação. O governo não pode abrir mão das vagas do Carandiru", diz ele.
O coronel rebate a idéia de que o fim do presídio terá importância simbólica. "Dizem que o Carandiru é um símbolo da violência, ora, ela é uma cadeia como outra qualquer. Símbolo de violência é o PCC".
Ubiratan Guimarães diz que o ideal seria a reforma do Carandiru para aumentar a segurança do local. "Eu acho que o governo devia pegar um dos pavilhões e transformar em prisão de segurança máxima, com chapas de aço no chão."
"Isso é conto da carochinha. Não é desativando o Carandiru que você vai acabar com o PCC ou com a violência. É fácil demolir, eu quero ver o que fazer para resolver o problema."
O coronel diz que o Carandiru foi construído para ser uma prisão e sempre cumpriu bem esse objetivo. Segundo ele, se o governo perdeu o controle do interior do presídio foi por "falta de competência".
Leia mais notícias sobre o Carandiru
Responsável pelo massacre critica desativação do Carandiru
FÁBIO PORTELAda Folha Online
O coronel da reserva Ubiratan Guimarães, 59, responsável pela operação da Polícia Militar que terminou com a morte de 111 detentos no Carandiru em 1992, diz que a desativação do presídio é uma "irresponsabilidade".
No ano passado, o coronel foi condenado a 632 anos de prisão pela morte de 102 presos e por cinco tentativas de homicídio no massacre do Carandiru. Ele recorreu da decisão, solicitando a anulação do julgamento, e continua livre, por decisão da Justiça.
"Eu acho que no atual momento é uma irresponsabilidade, uma incoerência. Digo isso porque todos os presídios já está com superlotação. O governo não pode abrir mão das vagas do Carandiru", diz ele.
O coronel rebate a idéia de que o fim do presídio terá importância simbólica. "Dizem que o Carandiru é um símbolo da violência, ora, ela é uma cadeia como outra qualquer. Símbolo de violência é o PCC".
Ubiratan Guimarães diz que o ideal seria a reforma do Carandiru para aumentar a segurança do local. "Eu acho que o governo devia pegar um dos pavilhões e transformar em prisão de segurança máxima, com chapas de aço no chão."
"Isso é conto da carochinha. Não é desativando o Carandiru que você vai acabar com o PCC ou com a violência. É fácil demolir, eu quero ver o que fazer para resolver o problema."
O coronel diz que o Carandiru foi construído para ser uma prisão e sempre cumpriu bem esse objetivo. Segundo ele, se o governo perdeu o controle do interior do presídio foi por "falta de competência".
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