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17/09/2002
-
21h37
da Folha Ribeirão
O abastecimento de água de Franca ficará comprometido nos próximos 60 dias, com a possibilidade de racionamento, em razão de um problema estrutural em uma das duas áreas de captação da Sabesp na cidade.
No último sábado, pelo menos 15 mil casas (das 94 mil existentes) _o que equivale a cerca de 45 mil pessoas_, de 30 bairros, sofreram com a falta d'água por cerca de 24 horas. No dia seguinte, outras mil residências também tiveram desabastecimento.
O problema começou há uma semana, quando a captação no córrego Pouso Alegre foi parcialmente suspensa por problemas estruturais na barragem do local _que ameaçava ruir.
O Pouso Alegre é responsável pelo abastecimento de cerca de 20% da população. O restante vem do rio Canoas (76%) e do córrego São João (4%).
Um sistema emergencial foi implantado e incluiu a reativação da captação no São João, mas é insuficiente para manter a vazão de 150 litros de água por segundo. A média caiu para cerca da metade. Desde quarta-feira, cortes parciais (de cerca de quatro horas) no fornecimento foram realizados em alguns bairros.
De acordo com o gerente distrital da Sabesp, Rui Engrácia Garcia Caluz, o maior problema de desabastecimento ocorreu no sábado, em razão do grande consumo. "Nesse dia [sábado] é um tal de lavar carro e calçada que não tem água que dê", afirmou.
Opção de risco
Ainda segundo o gerente, até o final da tarde de hoje o abastecimento estaria normal.
Caluz afirmou também que um novo sistema emergencial deve ser implantado nos próximos dias para evitar outro corte no abastecimento. A opção será usar a bomba reserva do rio Canoas, que conduz 80 litros por segundo.
Esse sistema deve, porém, ser submetido a testes, já que é necessária uma adaptação elétrica e funcional da rede. "É uma operação de risco", disse.
O risco ocorre porque a bomba a ser utilizada é o único equipamento sobressalente em Franca. Em um eventual acidente, a cidade ficaria desguarnecida.
De acordo com a Sabesp, um vazamento na barragem do Pouso Alegre foi detectado há 40 dias.
No último dia 11, a captação foi alterada para uma reforma que deve durar pelo menos 60 dias. "Começou a cair o nível [da represa] e tivemos que suspender a captação. A obra só pode ser feita, também, em época de estiagem, como agora", afirmou.
A previsão é que a obra termine em 14 de novembro.
Falta d'água atinge 45 mil em Franca; poderá haver racionamento
ROGÉRIO PAGNANda Folha Ribeirão
O abastecimento de água de Franca ficará comprometido nos próximos 60 dias, com a possibilidade de racionamento, em razão de um problema estrutural em uma das duas áreas de captação da Sabesp na cidade.
No último sábado, pelo menos 15 mil casas (das 94 mil existentes) _o que equivale a cerca de 45 mil pessoas_, de 30 bairros, sofreram com a falta d'água por cerca de 24 horas. No dia seguinte, outras mil residências também tiveram desabastecimento.
O problema começou há uma semana, quando a captação no córrego Pouso Alegre foi parcialmente suspensa por problemas estruturais na barragem do local _que ameaçava ruir.
O Pouso Alegre é responsável pelo abastecimento de cerca de 20% da população. O restante vem do rio Canoas (76%) e do córrego São João (4%).
Um sistema emergencial foi implantado e incluiu a reativação da captação no São João, mas é insuficiente para manter a vazão de 150 litros de água por segundo. A média caiu para cerca da metade. Desde quarta-feira, cortes parciais (de cerca de quatro horas) no fornecimento foram realizados em alguns bairros.
De acordo com o gerente distrital da Sabesp, Rui Engrácia Garcia Caluz, o maior problema de desabastecimento ocorreu no sábado, em razão do grande consumo. "Nesse dia [sábado] é um tal de lavar carro e calçada que não tem água que dê", afirmou.
Opção de risco
Ainda segundo o gerente, até o final da tarde de hoje o abastecimento estaria normal.
Caluz afirmou também que um novo sistema emergencial deve ser implantado nos próximos dias para evitar outro corte no abastecimento. A opção será usar a bomba reserva do rio Canoas, que conduz 80 litros por segundo.
Esse sistema deve, porém, ser submetido a testes, já que é necessária uma adaptação elétrica e funcional da rede. "É uma operação de risco", disse.
O risco ocorre porque a bomba a ser utilizada é o único equipamento sobressalente em Franca. Em um eventual acidente, a cidade ficaria desguarnecida.
De acordo com a Sabesp, um vazamento na barragem do Pouso Alegre foi detectado há 40 dias.
No último dia 11, a captação foi alterada para uma reforma que deve durar pelo menos 60 dias. "Começou a cair o nível [da represa] e tivemos que suspender a captação. A obra só pode ser feita, também, em época de estiagem, como agora", afirmou.
A previsão é que a obra termine em 14 de novembro.
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