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20/09/2002 - 10h04

Armado, aluno exige R$ 30 para não matar colega

MARCO DE CASTRO
do Agora São Paulo

O estudante R.S.P., 16, ameaçou matar o colega Willian Santos Andrade se ele não lhe desse dinheiro, que serviria para o menor "esquecer" uma poesia escrita pelo colega à sua namorada.

Segundo a polícia, Andrade, 19, aluno da 8ª série da Escola Estadual Jardim das Oliveiras 2 _na rua Valdomiro Gonzaga Filho, Jardim das Oliveiras, região de Itaim Paulista (zona leste de São Paulo)_ escreveu e entregou anteontem uma poesia a outra aluna do colégio. A "cantada" irritou R., que, em depoimento à polícia, declarou estar "ficando" com a garota.

Avisado pela menina sobre a poesia, o menor chegou ontem à escola armado com um revólver 32 e, pela manhã, abordou Andrade em um dos corredores do colégio e ameaçou matá-lo.

De acordo com depoimento prestado pela vítima no 50º DP (Itaim Paulista), R. lhe disse que tinha tomado conhecimento da poesia e que ele teria de dar R$ 30 para que pudesse esquecer a "falha". O ameaçado, então, respondeu que só dispunha de R$ 25. Após tirar três balas do bolso, R. teria dito que cada projétil valia R$ 10 e que nenhum deles poderia ser cortado ao meio. Andrade concordou em pagar a quantia exigida pelo colega na próxima segunda-feira.

Percebendo o nervosismo do ameaçado, duas funcionárias do colégio o abordaram e Andrade contou o que havia ocorrido, sem identificar o autor da ameaça. O caso então chegou ao conhecimento da diretora Iracema Costa da Silva, 35 anos.

Por meio de outros alunos, Iracema soube que R. era o culpado e chamou o garoto em sua sala de aula, na 7ª série.

Nesse momento, R. ainda tentou esconder as balas, entregando a munição ao colega A.L.S., 15 anos. Este tentou escondê-la sob a manga da camisa, mas as balas caíram no chão. "Quando vi as balas percebi que a história era verdadeira. Tive vontade de sair correndo", diz a diretora. Ao todo, haviam cinco balas com eles.

Acionados, PMs da Ronda Escolar entraram no colégio e encontraram o revólver 32 de R., que estava escondido em sua cintura. Ele e o colega A. foram conduzidos ao 50º DP.

À polícia, R. negou ter ameaçado o colega e disse que apenas "pedia dinheiro para comprar esfiha". Disse ainda que pagou R$150 pelo revólver.
 

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