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24/09/2002
-
10h28
da Folha Online
Policiais do Denarc (Departamento de Investigações Sobre Narcóticos) "caçam" o traficante Claudair Lopes de Faria, 35, o CL, amigo de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. Paralelamente às buscas, policiais tentam negociar a rendição do traficante por meio de seus advogados.
CL se diz "batizado" pela facção CV (Comando Vermelho) e "compadre" de Beira-Mar. No último final de semana, em uma megaoperação, policiais prenderam cinco acusados de pertencer à quadrilha comandada por CL.
Segundo a polícia, CL domina 50 favelas de São Paulo. Ele distribuía cerca de uma tonelada de cocaína por mês na cidade. A droga, de acordo com a polícia, vinha da Colômbia _com a participação das Farcs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia)_, Bolívia e Paraguai.
A polícia tentará identificar os representantes do traficante nas favelas e fará um levantamento dos imóveis da quadrilha. Policiais também entrarão em contato com as empresas dos celulares holandeses usados pelo traficante. Os aparelhos funcionam via satélite e não podem ser rastreados.
Operação
Cem policiais participaram da ação para desmantelar a quadrilha de CL, que ocorreu em quatro cidades diferentes. Foram apreendidos máquina de contar dinheiro, celulares holandeses, armamento, escrituras de imóveis e 420 quilos de cocaína.
A operação, comandada pelo delegado Everardo Tanganelli Júnior, iniciou na madrugada do último sábado, com mandados de busca e apreensão expedidos pela juiza-corregedora Ivana David Boriero, do Dipo (Departamento de Inquéritos e Polícia Judiciária). As prisões e apreensões ocorreram simultaneamente no bairro do Jabaquara, zona sul de São Paulo, em Itapevi e Jandira, na Grande São Paulo, e em Itu (103 km de SP).
A maior parte da droga foi encontrada no sítio de Itu, localizado perto do km 68 da rodovia Castello Branco. A propriedade foi cercada por homens do SOE (Setor de Operações Especiais), às 6h de sábado. Atrás do curral do sítio, e próximo à piscina, os policiais encontraram tambores de plástico com a cocaína.
A droga estava escondida em dois buracos de três metros de profundidade, escorados com madeira nas laterais e com tampa coberta por terra. No mesmo sítio havia laboratório para refino e mistura da cocaína.
Foram presos João Batista de Faria, 40, irmão e braço-direito de CL, Clodemir Monteiro, 21, Alex Sandro de Souza, 23, Francini Cardoso de Almeida, 30, e S.S.J., 17.
CL conseguiu escapar ao cerco de policiais do Denarc por ter passado a noite em um motel com a amante, segundo a polícia.
Celular holandês
Para tentar despistar a polícia, CL e a quadrilha usavam aparelhos celulares com comunicação via satélite, que escapam ao rastreamento. Dois desses aparelhos foram apreendidos. Cada um foi comprado por R$ 8,8 mil. Funcionando como pré-pago, cada cartão, com direito a 20 minutos de conversação, custa US$ 1.000.
"O CL usava os celulares para conversas reservadas com líderes do tráfico em países com os quais mantém transações", disse o delegado Ivaney Cayres de Souza, diretor do Denarc.
Polícia de São Paulo "caça" CL, traficante amigo de Beira-Mar
MILENA BUOSIda Folha Online
Policiais do Denarc (Departamento de Investigações Sobre Narcóticos) "caçam" o traficante Claudair Lopes de Faria, 35, o CL, amigo de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. Paralelamente às buscas, policiais tentam negociar a rendição do traficante por meio de seus advogados.
CL se diz "batizado" pela facção CV (Comando Vermelho) e "compadre" de Beira-Mar. No último final de semana, em uma megaoperação, policiais prenderam cinco acusados de pertencer à quadrilha comandada por CL.
Segundo a polícia, CL domina 50 favelas de São Paulo. Ele distribuía cerca de uma tonelada de cocaína por mês na cidade. A droga, de acordo com a polícia, vinha da Colômbia _com a participação das Farcs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia)_, Bolívia e Paraguai.
A polícia tentará identificar os representantes do traficante nas favelas e fará um levantamento dos imóveis da quadrilha. Policiais também entrarão em contato com as empresas dos celulares holandeses usados pelo traficante. Os aparelhos funcionam via satélite e não podem ser rastreados.
Operação
Cem policiais participaram da ação para desmantelar a quadrilha de CL, que ocorreu em quatro cidades diferentes. Foram apreendidos máquina de contar dinheiro, celulares holandeses, armamento, escrituras de imóveis e 420 quilos de cocaína.
A operação, comandada pelo delegado Everardo Tanganelli Júnior, iniciou na madrugada do último sábado, com mandados de busca e apreensão expedidos pela juiza-corregedora Ivana David Boriero, do Dipo (Departamento de Inquéritos e Polícia Judiciária). As prisões e apreensões ocorreram simultaneamente no bairro do Jabaquara, zona sul de São Paulo, em Itapevi e Jandira, na Grande São Paulo, e em Itu (103 km de SP).
A maior parte da droga foi encontrada no sítio de Itu, localizado perto do km 68 da rodovia Castello Branco. A propriedade foi cercada por homens do SOE (Setor de Operações Especiais), às 6h de sábado. Atrás do curral do sítio, e próximo à piscina, os policiais encontraram tambores de plástico com a cocaína.
A droga estava escondida em dois buracos de três metros de profundidade, escorados com madeira nas laterais e com tampa coberta por terra. No mesmo sítio havia laboratório para refino e mistura da cocaína.
Foram presos João Batista de Faria, 40, irmão e braço-direito de CL, Clodemir Monteiro, 21, Alex Sandro de Souza, 23, Francini Cardoso de Almeida, 30, e S.S.J., 17.
CL conseguiu escapar ao cerco de policiais do Denarc por ter passado a noite em um motel com a amante, segundo a polícia.
Celular holandês
Para tentar despistar a polícia, CL e a quadrilha usavam aparelhos celulares com comunicação via satélite, que escapam ao rastreamento. Dois desses aparelhos foram apreendidos. Cada um foi comprado por R$ 8,8 mil. Funcionando como pré-pago, cada cartão, com direito a 20 minutos de conversação, custa US$ 1.000.
"O CL usava os celulares para conversas reservadas com líderes do tráfico em países com os quais mantém transações", disse o delegado Ivaney Cayres de Souza, diretor do Denarc.
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