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28/09/2002
-
17h32
da Folha Online
O secretário de Segurança Pública do Rio, Roberto Aguiar, voltou atrás e decidiu nesta sexta-feira permitir a realização de cultos religiosos no Batalhão de Choque da Polícia Militar, que abriga os traficantes Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar e outros quatro integrantes de sua quadrilha.
Os cultos haviam sido proibidos dia 24, quando também foi anunciada a suspensão das visitas familiares e íntimas, da assistência religiosa e do "banho de sol". A resolução divulgada pela secretaria, disciplina a visita de advogados e restringe a alimentação para somente aquelas fornecidas pela polícia.
Segundo a secretaria, a suspensão do culto religioso também punia os outros presos do batalhão. Não será permitida, porém, a participação de parentes dos traficantes.
Durante o culto realizado dia 22, houve a suspeita de que duas irmãs do traficante Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, conseguiram entrar no batalhão, apesar da restrição. A Polícia Militar não confirmou a presença das supostas irmãs do traficante, mas afirmou que as pessoas não tiveram contato com os traficantes.
A resolução número 564 foi publicada no Diário Oficial de 26 de setembro e atinge também Celso Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, preso no Comando de Policiamento do Interior, em Niterói.
Transferências
Os traficantes Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, Marcos Marinho dos Santos, o Chapolim, Marcos Antônio Firmino da Silva, o My Thor, e Márcio Silva Macedo, o Gigante foram transferidos de Bangu 1 para o Batalhão de Choque da PM após rebelião do dia 11, liderada por Beira-Mar, e que destruiu a unidade.
O traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, principal acusado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, também está detido no batalhão desde o dia 19, quando foi capturado. Todos são integrantes da facção criminosa CV (Comando Vermelho).
Celso Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, ferido durante a rebelião, está preso em Niterói. Ele é integrante da ADA (Amigos dos Amigos), facção rival ao CV.
Bangu 1 passa por reforma.
Advogados
Conforme a resolução, cada preso deverá eleger um único advogado, que deverá ser cadastrado e atender um único cliente por dia. As visitas vão ocorrer somente em dias úteis e por, no máximo, 20 minutos.
A conversa entre preso e advogado será feita sem contato físico. Eles serão separados por tela ou grade para evitar a entrega de objetos, cartas ou bilhetes.
As determinações levam em conta a "notória periculosidade e capacidade de articulação" dos presos e "circunstâncias emergenciais".
Na prisão
Cinegrafistras flagraram, dia 24, os traficantes cantando e dançando na cela. Márcio Silva Macedo, o Gigante, e Marcos Antônio Firmino da Silva, o My Thor, simularam um pagode com as mãos.
O secretário da Segurança afirmou que "diante da vigilância reforçada e da segurança do batalhão, só restou a eles cantar". Ele reafirmou
Elias Maluco, ao perceber que era filmado, "brindou" com um copo de plástico. Para o secretário, ele brindava "a própria prisão".
Leia mais sobre o tráfico no Rio em página especial
Cultos religiosos são liberados em batalhão onde está preso Beira-Mar
LÍVIA MARRAda Folha Online
O secretário de Segurança Pública do Rio, Roberto Aguiar, voltou atrás e decidiu nesta sexta-feira permitir a realização de cultos religiosos no Batalhão de Choque da Polícia Militar, que abriga os traficantes Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar e outros quatro integrantes de sua quadrilha.
Os cultos haviam sido proibidos dia 24, quando também foi anunciada a suspensão das visitas familiares e íntimas, da assistência religiosa e do "banho de sol". A resolução divulgada pela secretaria, disciplina a visita de advogados e restringe a alimentação para somente aquelas fornecidas pela polícia.
Segundo a secretaria, a suspensão do culto religioso também punia os outros presos do batalhão. Não será permitida, porém, a participação de parentes dos traficantes.
Durante o culto realizado dia 22, houve a suspeita de que duas irmãs do traficante Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, conseguiram entrar no batalhão, apesar da restrição. A Polícia Militar não confirmou a presença das supostas irmãs do traficante, mas afirmou que as pessoas não tiveram contato com os traficantes.
A resolução número 564 foi publicada no Diário Oficial de 26 de setembro e atinge também Celso Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, preso no Comando de Policiamento do Interior, em Niterói.
Transferências
Os traficantes Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, Marcos Marinho dos Santos, o Chapolim, Marcos Antônio Firmino da Silva, o My Thor, e Márcio Silva Macedo, o Gigante foram transferidos de Bangu 1 para o Batalhão de Choque da PM após rebelião do dia 11, liderada por Beira-Mar, e que destruiu a unidade.
O traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, principal acusado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, também está detido no batalhão desde o dia 19, quando foi capturado. Todos são integrantes da facção criminosa CV (Comando Vermelho).
Celso Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, ferido durante a rebelião, está preso em Niterói. Ele é integrante da ADA (Amigos dos Amigos), facção rival ao CV.
Bangu 1 passa por reforma.
Advogados
Conforme a resolução, cada preso deverá eleger um único advogado, que deverá ser cadastrado e atender um único cliente por dia. As visitas vão ocorrer somente em dias úteis e por, no máximo, 20 minutos.
A conversa entre preso e advogado será feita sem contato físico. Eles serão separados por tela ou grade para evitar a entrega de objetos, cartas ou bilhetes.
As determinações levam em conta a "notória periculosidade e capacidade de articulação" dos presos e "circunstâncias emergenciais".
Na prisão
Cinegrafistras flagraram, dia 24, os traficantes cantando e dançando na cela. Márcio Silva Macedo, o Gigante, e Marcos Antônio Firmino da Silva, o My Thor, simularam um pagode com as mãos.
O secretário da Segurança afirmou que "diante da vigilância reforçada e da segurança do batalhão, só restou a eles cantar". Ele reafirmou
Elias Maluco, ao perceber que era filmado, "brindou" com um copo de plástico. Para o secretário, ele brindava "a própria prisão".
Leia mais sobre o tráfico no Rio em página especial
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