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30/09/2002 - 21h37

Polícia Federal alerta para chance de megarrebeliões no dia 6

IURI DANTAS
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A Polícia Federal avisou o Ministério da Justiça há duas semanas que facções criminosas do Rio de Janeiro e de São Paulo estariam preparando uma rebelião em presídios no domingo, dia do primeiro turno das eleições. Há dois relatórios sobre o assunto nas mãos da cúpula da segurança pública nacional.

Oficialmente, o Ministério da Justiça não confirma nem desmente a existência dos relatórios.

O ministro da Justiça, Paulo de Tarso Ramos Ribeiro, foi informado da situação pessoalmente há cerca de 15 dias e pediu o empenho da PF na investigação do caso. Em entrevista realizada hoje, o ministro afirmou que o governo federal tentará atuar de forma a assegurar tranquilidade à votação.

Segundo a Folha apurou, os policiais já advertiram as forças estaduais sobre a ameaça. Não há dados disponíveis sobre outros Estados afetados, mas no presídio da Papuda, em Brasília, por exemplo, a entrada de advogados tornou-se mais restrita por "suspeitas de rebelião".

Uma primeira tentativa de desarticulação dos criminosos foi realizada hoje em São Paulo, quando o governo decidiu revistar 30 unidades prisionais. Outra revista deverá ser feita ainda nesta semana, para evitar eventuais problemas durante a realização do pleito no domingo.

O governo reclama da falta de informações por parte da Polícia Militar do Rio. Hoje à noite, o ministro encontrou-se com o superintendente da PF, Armando de Assis Possa, para discutir a situação do Rio de Janeiro.

A PF carioca começou hoje mais uma etapa de investigações para identificar crimes federais. O objetivo é instaurar um inquérito na superintendência carioca. Na direção, a orientação é tratar o assunto com o máximo de cautela, programando-se para uma ação de eventual emergência. Para isso cogita-se até, segundo a Folha apurou, do reforço de policiais federais de outros Estados.

Uma medida de emergência anunciada hoje foi a mobilização conjunta da PF carioca com as polícias Civil e Militar, após o toque de recolher supostamente imposto por traficantes.

Além de escutas telefônicas, os policiais federais realizaram diversas escutas telefônicas de conversas entre detentos. Há, conforme apurou a Folha, agentes infiltrados em algumas quadrilhas, cuja localização não seria divulgada oficialmente para resguardar a segurança dos policiais.



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