Publicidade
Publicidade
30/09/2002
-
22h48
O presidente da Coopersum (Cooperativa dos Perueiros de Sumaré), Wilson Moreira Franco, 42, o Wilson Mineiro, foi assassinado com oito tiros ontem à noite, dentro de uma padaria do Jardim Bom Retiro, região da Área Cura, em Sumaré.
Hoje, antes do enterro de Mineiro, cerca de 400 perueiros ligados à sua cooperativa e de outras associações fizeram um protesto pelas ruas da cidade pedindo justiça e segurança à polícia, segundo informou o vice-presidente da Coopersum, Claudemar Santos.
O delegado do 1º Distrito Policial da cidade, Elias Kobayashi, 45, disse que as primeiras investigações indicam que o presidente da cooperativa foi morto em uma disputa de linhas clandestinas que fazem o transporte na cidade de Sumaré e entre o município e Campinas.
"Como a cooperativa é ilegal, pelo que levantamos até agora havia uma disputa muito grande entre os membros da cooperativa e outros clandestinos que querem entrar no transporte alternativo", disse o delegado.
Outra hipótese, segundo o delegado, seria uma disputa política interna dentro da própria cooperativa, com dois grupos tentando comandar o sistema.
Segundo a polícia, dois homens em uma moto invadiram a padaria onde o presidente estava na companhia de amigos e efetuaram dez disparos contra ele.
De acordo com o registro feito pela Polícia Militar, Mineiro não foi chamado nem identificado pelos homens "Eles chegaram atirando", disse o delegado.
Uma testemunha, que estava no local quando aconteceu o crime, disse que Mineiro estava recebendo ameaças havia pelo menos 20 dias, desde que homens armados invadiram a sede da Coopersum.
Ameaças
A testemunha não soube dizer qual eram o conteúdo das ameaças contra o perueiro.
De acordo com o delegado do 1º DP de Sumaré, Mineiro esteve, antes de ser morto, na carreata do candidato a deputado estadual Alfredo Ruzza (PPS), a quem a Coopersum dá apoio.
Perueiros afirmaram que o presidente emitiu hoje uma circular para que as 230 peruas da cooperativa parassem das 12h às 17h para participar da carreata do candidato a deputado.
Um membro da cooperativa, que não quis se identificar, disse que eles só vão se pronunciar oficialmente sobre o assunto pela manhã.
Mineiro já tinha passagens pela polícia, segundo Kobayashi, por homicídio e porte de arma e estava sendo investigado por receptação de produtos roubados.
Desconhecimento
Pessoas ligadas a Mineiro ouvidas pela Folha afirmaram desconhecer a hipótese de que o presidente da Coopersum estivesse recebendo ameaças.
O prefeito de Sumaré, Dirceu Dalben (PPS), afirmou que Mineiro deve ter sido alvo de um mal-entendido. "Ele estava no local errado na hora errada", disse Dalben, que vinha negociando com o presidente da cooperativa a legalização do transporte alternativo em Sumaré.
"Estávamos realizando muitas reuniões nesse sentido, juntamente com perueiros de mais seis municípios, de acordo com os planos para a RMC [Região Metropolitana de Campinas]", disse Dalben.
O deputado estadual Ruzza informou que lamenta a morte de Mineiro, "a quem tinha como um grande incentivador".
Líder de perueiros é assassinado a tiros em Sumaré (SP)
da Folha CampinasO presidente da Coopersum (Cooperativa dos Perueiros de Sumaré), Wilson Moreira Franco, 42, o Wilson Mineiro, foi assassinado com oito tiros ontem à noite, dentro de uma padaria do Jardim Bom Retiro, região da Área Cura, em Sumaré.
Hoje, antes do enterro de Mineiro, cerca de 400 perueiros ligados à sua cooperativa e de outras associações fizeram um protesto pelas ruas da cidade pedindo justiça e segurança à polícia, segundo informou o vice-presidente da Coopersum, Claudemar Santos.
O delegado do 1º Distrito Policial da cidade, Elias Kobayashi, 45, disse que as primeiras investigações indicam que o presidente da cooperativa foi morto em uma disputa de linhas clandestinas que fazem o transporte na cidade de Sumaré e entre o município e Campinas.
"Como a cooperativa é ilegal, pelo que levantamos até agora havia uma disputa muito grande entre os membros da cooperativa e outros clandestinos que querem entrar no transporte alternativo", disse o delegado.
Outra hipótese, segundo o delegado, seria uma disputa política interna dentro da própria cooperativa, com dois grupos tentando comandar o sistema.
Segundo a polícia, dois homens em uma moto invadiram a padaria onde o presidente estava na companhia de amigos e efetuaram dez disparos contra ele.
De acordo com o registro feito pela Polícia Militar, Mineiro não foi chamado nem identificado pelos homens "Eles chegaram atirando", disse o delegado.
Uma testemunha, que estava no local quando aconteceu o crime, disse que Mineiro estava recebendo ameaças havia pelo menos 20 dias, desde que homens armados invadiram a sede da Coopersum.
Ameaças
A testemunha não soube dizer qual eram o conteúdo das ameaças contra o perueiro.
De acordo com o delegado do 1º DP de Sumaré, Mineiro esteve, antes de ser morto, na carreata do candidato a deputado estadual Alfredo Ruzza (PPS), a quem a Coopersum dá apoio.
Perueiros afirmaram que o presidente emitiu hoje uma circular para que as 230 peruas da cooperativa parassem das 12h às 17h para participar da carreata do candidato a deputado.
Um membro da cooperativa, que não quis se identificar, disse que eles só vão se pronunciar oficialmente sobre o assunto pela manhã.
Mineiro já tinha passagens pela polícia, segundo Kobayashi, por homicídio e porte de arma e estava sendo investigado por receptação de produtos roubados.
Desconhecimento
Pessoas ligadas a Mineiro ouvidas pela Folha afirmaram desconhecer a hipótese de que o presidente da Coopersum estivesse recebendo ameaças.
O prefeito de Sumaré, Dirceu Dalben (PPS), afirmou que Mineiro deve ter sido alvo de um mal-entendido. "Ele estava no local errado na hora errada", disse Dalben, que vinha negociando com o presidente da cooperativa a legalização do transporte alternativo em Sumaré.
"Estávamos realizando muitas reuniões nesse sentido, juntamente com perueiros de mais seis municípios, de acordo com os planos para a RMC [Região Metropolitana de Campinas]", disse Dalben.
O deputado estadual Ruzza informou que lamenta a morte de Mineiro, "a quem tinha como um grande incentivador".
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice