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30/07/2009 - 13h29

Metade dos atendimentos de traumas no HC envolve acidentes com motos

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Colaboração para a Folha Online

Dados do IOT (Instituto de Ortopedia e Traumatologia) do HC (Hospital das Clínicas) de São Paulo mostram que metade dos atendimentos de traumas feitos nos últimos três meses no hospital envolvia motoqueiros ou pessoas que estavam na garupa de uma motocicleta.

Entre as 300 vítimas de acidentes de trânsito que passaram no período pelo pronto-socorro do instituto, 148 pilotavam ou estavam na garupa.

De acordo com Júlia Greve, fisiatra do IOT, "a morte de motociclistas é a única que descreve trajetória de aumento ao longo dos anos no Brasil. As demais categorias, que são pedestres, ciclistas, ocupantes de veículos e outros, permanecem estáveis ou sofreram redução nos últimos dois anos".

Projeções da Abramet (Associação Brasileira de Medicina do Tráfego) indicam que 30% das mortes em acidentes de trânsito envolvem motocicletas.

Esse tipo de acidente envolvendo motocicletas representam um custo de cerca de R$ 100 milhões por ano, investidos pelo IOT. De acordo com cálculo realizado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) nos primeiros seis meses de internação, esses pacientes custam R$ 300 mil reais, o que inclui gastos com cirurgias, internação em UTI, ocupação de enfermaria e medicamentos, dentre outros procedimentos.

"Todos os anos, esses vultosos recursos têm de estar reservados porque as pessoas vão cair das motos. Do ponto de vista da saúde, as motocicletas representam uma guerra urbana à cidade de São Paulo", afirma Greve.

Para ela, a moto não é uma boa opção para melhorar as condições de trânsito nas grandes cidades. "São veículos que transportam no máximo duas pessoas e causam poluição sonora e no ar", ressalta, lembrando que em diversas metrópoles europeias e também em Nova York, o sistema de entrega delivery por motos é proibido por lei.

 

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