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03/10/2002
-
12h12
da Folha Online
O advogado Jorge Luiz Pereira de Souza, que defende o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, conseguiu autorização judicial para visitar seu cliente, preso no Batalhão de Choque da Polícia Militar, no centro do Rio.
Elias Maluco é o principal acusado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, em junho. Ele foi preso dia 19, no Complexo do Alemão, mesmo lugar onde o repórter foi morto.
Por determinação do governo do Rio, todas as visitas - inclusive dos advogados- foram suspensas após a onda de ameaças e boatos que resultou no fechamento do comércio em diversos bairros da cidade, Niterói e São Gonçalo, região metropolitana, na segunda-feira (30).
A autorização foi concedida pelo juiz Alexandre Abrahão da 1ª Vara Criminal. Ele beneficiou também, conforme o Tribunal de Justiça do Estado, o advogado Paulo Roberto Cuzzuol, que defende o traficante Cláudio Orlando do Nascimento, o Ratinho, preso em Bangu, também acusado de envolvimento no assassinato de Tim Lopes.
O advogado Jorge Luiz Pereira de Souza acredita que a decisão abra precedentes para colegas visitarem os outros presos que estão na mesma situação de Elias Maluco.
"[A proibição das visitas] é uma decisão arbitrária", afirmou.
Além de Elias Maluco, estão custodiados no Batalhão de Choque da PM os traficantes Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, Marcos Marinho dos Santos, o Chapolim, Marcos Antônio Firmino da Silva, o My Thor, e Márcio Silva Macedo, o Gigante. Todos são integrantes do CV (Comando Vermelho) e foram transferidos de Bangu 1 para o batalhão após rebelião do dia 11, liderada por Beira-Mar, e que destruiu a unidade. Durante o motim, quatro presos rivais foram assassinados.
O traficante Marcos Antônio da Silva Tavares, o Marquinho Niterói, "grampeado" pelo Ministério Público, também foi transferido para o Batalhão de Choque. As gravações, feitas dia 15 de setembro, revelam que ele programava o fechamento do comércio no Rio, como ocorreu dia 30 de setembro, em represália contra o isolamento dos colegas de facção para o batalhão.
Celso Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, ferido durante a rebelião em Bangu 1, está preso no Comando de Policiamento do Interior, em Niterói. Ele é integrante da ADA (Amigos dos Amigos), facção rival ao CV.
Leia mais sobre o tráfico no Rio
Advogado consegue autorização judicial para visitar Elias Maluco
LÍVIA MARRAda Folha Online
O advogado Jorge Luiz Pereira de Souza, que defende o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, conseguiu autorização judicial para visitar seu cliente, preso no Batalhão de Choque da Polícia Militar, no centro do Rio.
Elias Maluco é o principal acusado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, em junho. Ele foi preso dia 19, no Complexo do Alemão, mesmo lugar onde o repórter foi morto.
Por determinação do governo do Rio, todas as visitas - inclusive dos advogados- foram suspensas após a onda de ameaças e boatos que resultou no fechamento do comércio em diversos bairros da cidade, Niterói e São Gonçalo, região metropolitana, na segunda-feira (30).
A autorização foi concedida pelo juiz Alexandre Abrahão da 1ª Vara Criminal. Ele beneficiou também, conforme o Tribunal de Justiça do Estado, o advogado Paulo Roberto Cuzzuol, que defende o traficante Cláudio Orlando do Nascimento, o Ratinho, preso em Bangu, também acusado de envolvimento no assassinato de Tim Lopes.
O advogado Jorge Luiz Pereira de Souza acredita que a decisão abra precedentes para colegas visitarem os outros presos que estão na mesma situação de Elias Maluco.
"[A proibição das visitas] é uma decisão arbitrária", afirmou.
Além de Elias Maluco, estão custodiados no Batalhão de Choque da PM os traficantes Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, Marcos Marinho dos Santos, o Chapolim, Marcos Antônio Firmino da Silva, o My Thor, e Márcio Silva Macedo, o Gigante. Todos são integrantes do CV (Comando Vermelho) e foram transferidos de Bangu 1 para o batalhão após rebelião do dia 11, liderada por Beira-Mar, e que destruiu a unidade. Durante o motim, quatro presos rivais foram assassinados.
O traficante Marcos Antônio da Silva Tavares, o Marquinho Niterói, "grampeado" pelo Ministério Público, também foi transferido para o Batalhão de Choque. As gravações, feitas dia 15 de setembro, revelam que ele programava o fechamento do comércio no Rio, como ocorreu dia 30 de setembro, em represália contra o isolamento dos colegas de facção para o batalhão.
Celso Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, ferido durante a rebelião em Bangu 1, está preso no Comando de Policiamento do Interior, em Niterói. Ele é integrante da ADA (Amigos dos Amigos), facção rival ao CV.
Leia mais sobre o tráfico no Rio
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