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08/10/2002
-
08h13
MARIANA VIVEIROS
da Folha de S.Paulo
Os resultados das eleições para deputado estadual e federal vão provocar uma renovação de 14,5% na Câmara Municipal de São Paulo. Oito novos vereadores assumem cadeiras no Legislativo paulistano a partir de 2003.
A alteração mais significativa ocorre na bancada petista, que troca 6 de seus 16 representantes e ganha mais um vereador a partir de março do próximo ano -em substituição à deputada estadual eleita Ana Martins, do PC do B, que fez coligação com o PT.
Saem parlamentares que acumulavam mais de três mandatos consecutivos e estiveram sob os holofotes em casos como a máfia dos fiscais (1998) e, recentemente, a polêmica das emendas ao Plano Diretor; entra uma maioria de 'calouros' que vão viver sua primeira experiência legislativa.
Entre as 'estrelas' petistas que, por terem sido eleitos deputados estaduais ou federais, abrirão vagas a suplentes estão José Eduardo Cardozo (presidente da Câmara Municipal), Adriano Diogo (que presidiu a CPI do PAS) e membros da chamada tropa de choque da prefeita Marta Suplicy, como José Mentor, Devanir Ribeiro e Ítalo Cardoso. Sai ainda o veterano Vicente Cândido.
No lugar deles entram militantes ligados a entidades de classe: a professora primária Claudete Alves da Silva Souza, 42, presidente do sindicato dos funcionários municipais; o cientista social Francisco Chagas Francilino, 45, ex-dirigente do sindicato dos trabalhadores na indústria química; o técnico industrial José Ferreira dos Santos, o Zelão, 46, que atuou no Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Paraná; e o motorista de ônibus José de Souza Nogueira, 47, ex-diretor do sindicato dos condutores. Todos assumem um cargo eletivo pela primeira vez.
Também ganharão uma vaga os ex-vereadores Odilon Guedes Pinto Jr., 55, economista, subprefeito do Jabaquara (zona sul de SP), e Tita Dias, 45, que participou da fundação do PT e da CUT e dirigiu o Sindicato dos Bancários.
A única incerteza no novo quadro de vereadores é o atual secretário de Comunicação, José Américo Dias, 49. Ele tem vaga garantida, mas disse ontem que não sabe se vai assumi-la.
Os novos parlamentares deverão ter a companhia de só dois petistas 'antigos': Arselino Tatto, que não se candidatou, e Carlos Neder, que concorreu a deputado estadual, mas cuja eleição não estava garantida até o fechamento desta edição. Tatto diz que os colegas que entram estão preparados. 'Não existe inexperiência para vereador do PT, [eles' já são testados na rua, nas portas de fábrica e na comunidade.'
Soma-se à lista dos 'calouros' o vendedor de consórcio de veículos Manoel Cruz, 46, do Prona, que entra na vaga de Havanir Nimtz, eleita deputada estadual. Em 2000, Cruz teve só 1.600 votos.
Dos 12 vereadores que concorreram nesta eleição, 4 não foram eleitos: além de Néder, Erasmo Dias (PPB), Jooji Hato (PMDB) e Domingos Dissei (PFL).
Na Câmara Municipal de SP, PT troca "estrelas" por estreantes
MELISSA DINIZMARIANA VIVEIROS
da Folha de S.Paulo
Os resultados das eleições para deputado estadual e federal vão provocar uma renovação de 14,5% na Câmara Municipal de São Paulo. Oito novos vereadores assumem cadeiras no Legislativo paulistano a partir de 2003.
A alteração mais significativa ocorre na bancada petista, que troca 6 de seus 16 representantes e ganha mais um vereador a partir de março do próximo ano -em substituição à deputada estadual eleita Ana Martins, do PC do B, que fez coligação com o PT.
Saem parlamentares que acumulavam mais de três mandatos consecutivos e estiveram sob os holofotes em casos como a máfia dos fiscais (1998) e, recentemente, a polêmica das emendas ao Plano Diretor; entra uma maioria de 'calouros' que vão viver sua primeira experiência legislativa.
Entre as 'estrelas' petistas que, por terem sido eleitos deputados estaduais ou federais, abrirão vagas a suplentes estão José Eduardo Cardozo (presidente da Câmara Municipal), Adriano Diogo (que presidiu a CPI do PAS) e membros da chamada tropa de choque da prefeita Marta Suplicy, como José Mentor, Devanir Ribeiro e Ítalo Cardoso. Sai ainda o veterano Vicente Cândido.
No lugar deles entram militantes ligados a entidades de classe: a professora primária Claudete Alves da Silva Souza, 42, presidente do sindicato dos funcionários municipais; o cientista social Francisco Chagas Francilino, 45, ex-dirigente do sindicato dos trabalhadores na indústria química; o técnico industrial José Ferreira dos Santos, o Zelão, 46, que atuou no Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Paraná; e o motorista de ônibus José de Souza Nogueira, 47, ex-diretor do sindicato dos condutores. Todos assumem um cargo eletivo pela primeira vez.
Também ganharão uma vaga os ex-vereadores Odilon Guedes Pinto Jr., 55, economista, subprefeito do Jabaquara (zona sul de SP), e Tita Dias, 45, que participou da fundação do PT e da CUT e dirigiu o Sindicato dos Bancários.
A única incerteza no novo quadro de vereadores é o atual secretário de Comunicação, José Américo Dias, 49. Ele tem vaga garantida, mas disse ontem que não sabe se vai assumi-la.
Os novos parlamentares deverão ter a companhia de só dois petistas 'antigos': Arselino Tatto, que não se candidatou, e Carlos Neder, que concorreu a deputado estadual, mas cuja eleição não estava garantida até o fechamento desta edição. Tatto diz que os colegas que entram estão preparados. 'Não existe inexperiência para vereador do PT, [eles' já são testados na rua, nas portas de fábrica e na comunidade.'
Soma-se à lista dos 'calouros' o vendedor de consórcio de veículos Manoel Cruz, 46, do Prona, que entra na vaga de Havanir Nimtz, eleita deputada estadual. Em 2000, Cruz teve só 1.600 votos.
Dos 12 vereadores que concorreram nesta eleição, 4 não foram eleitos: além de Néder, Erasmo Dias (PPB), Jooji Hato (PMDB) e Domingos Dissei (PFL).
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