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09/10/2002
-
04h00
O novo parque Dom Pedro 2º _que se estenderá da estação de metrô de mesmo nome até a região do Mercado Municipal_ dará início ao plano da prefeitura de revitalizar toda a região do entorno, hoje muito degradada.
"O parque é atualmente um obstáculo à expansão das atividades centrais para a zona leste", afirma a arquiteta Nadia Somekh, vice-presidente da Emurb. "O furor rodoviarista da década de 70 criou uma série de bloqueios."
As barreiras a que se refere são impostas aos pedestres. Ninguém pára no parque Dom Pedro 2º, e, também por isso, não há interesse comercial pela região.
O arquiteto Fernando Chacel propõe fazer no local uma intervenção parecida com a que foi feita no vale do Anhangabaú pelo arquiteto Jorge Wilheim, hoje secretário do Planejamento.
É de Wilheim que virá a segunda parte do projeto da prefeitura para a região do parque: instituir a Operação Urbana Diagonal Sul.
Nessas operações, a prefeitura permite às construtoras erguerem prédios maiores do que o permitido no restante da cidade, contanto que as empresas paguem uma taxa, chamada de outorga onerosa. O novo parque Dom Pedro 2º teria o potencial que falta à região para atrair empreendedores.
"Imagine construir condomínios residenciais ou mesmo comerciais com vista para o parque. Seriam altamente valorizados", considera Nadia Somekh. "De certa forma, o interesse já vem aumentando", diz a arquiteta.
Há um mês, a Comgás anunciou a construção de um prédio, projetado pelo arquiteto João Armentano, em um terreno próximo da estação de metrô. No futuro, a sede da empresa será transferida da região da avenida Paulista para o parque Dom Pedro 2º.
Palco sobre a água
O parque projetado por Chacel envolve vários outros prédios hoje separados na região, entre os quais o Colégio São Paulo, a estação de metrô, as paradas do Fura-fila e a própria prefeitura.
Entre a prefeitura e o colégio, está um dos trechos mais bonitos do projeto. Trata-se de um gramado parecido com a praça da Paz, no Ibirapuera. Em frente a esse gramado, foi planejado um espelho d'água. Suspenso sobre o lago, haverá um palco de vidro. A área será destinada a shows.
Os cinco viadutos que hoje desfiguram o parque serão revestidos de vegetação, de forma a parecer que foram encobertos. O projeto prevê ainda pequenos bosques, praças e coreto. A licitação que escolherá a empresa responsável pela obra, segundo Nadia, deverá estar pronta até o mês que vem.
Parque será "isca" para novos investimentos para SP
da Folha de S.PauloO novo parque Dom Pedro 2º _que se estenderá da estação de metrô de mesmo nome até a região do Mercado Municipal_ dará início ao plano da prefeitura de revitalizar toda a região do entorno, hoje muito degradada.
"O parque é atualmente um obstáculo à expansão das atividades centrais para a zona leste", afirma a arquiteta Nadia Somekh, vice-presidente da Emurb. "O furor rodoviarista da década de 70 criou uma série de bloqueios."
As barreiras a que se refere são impostas aos pedestres. Ninguém pára no parque Dom Pedro 2º, e, também por isso, não há interesse comercial pela região.
O arquiteto Fernando Chacel propõe fazer no local uma intervenção parecida com a que foi feita no vale do Anhangabaú pelo arquiteto Jorge Wilheim, hoje secretário do Planejamento.
É de Wilheim que virá a segunda parte do projeto da prefeitura para a região do parque: instituir a Operação Urbana Diagonal Sul.
Nessas operações, a prefeitura permite às construtoras erguerem prédios maiores do que o permitido no restante da cidade, contanto que as empresas paguem uma taxa, chamada de outorga onerosa. O novo parque Dom Pedro 2º teria o potencial que falta à região para atrair empreendedores.
"Imagine construir condomínios residenciais ou mesmo comerciais com vista para o parque. Seriam altamente valorizados", considera Nadia Somekh. "De certa forma, o interesse já vem aumentando", diz a arquiteta.
Há um mês, a Comgás anunciou a construção de um prédio, projetado pelo arquiteto João Armentano, em um terreno próximo da estação de metrô. No futuro, a sede da empresa será transferida da região da avenida Paulista para o parque Dom Pedro 2º.
Palco sobre a água
O parque projetado por Chacel envolve vários outros prédios hoje separados na região, entre os quais o Colégio São Paulo, a estação de metrô, as paradas do Fura-fila e a própria prefeitura.
Entre a prefeitura e o colégio, está um dos trechos mais bonitos do projeto. Trata-se de um gramado parecido com a praça da Paz, no Ibirapuera. Em frente a esse gramado, foi planejado um espelho d'água. Suspenso sobre o lago, haverá um palco de vidro. A área será destinada a shows.
Os cinco viadutos que hoje desfiguram o parque serão revestidos de vegetação, de forma a parecer que foram encobertos. O projeto prevê ainda pequenos bosques, praças e coreto. A licitação que escolherá a empresa responsável pela obra, segundo Nadia, deverá estar pronta até o mês que vem.
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