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09/10/2002
-
21h48
A Polícia Civil descarta a possibilidade de os assassinatos de sete mulheres por estrangulamento em Guarulhos (Grande São Paulo) terem sido praticados pela mesma pessoa. Apenas dois ou três casos, dos sete investigados em conjunto, poderiam ter o mesmo autor.
"Pode ser que uma pessoa tenha matado duas ou três [mulheres]. Mas que matou as sete, não é", afirmou João Roque Américo, titular da Delegacia Seccional de Guarulhos.
A polícia investiga, desde o final de agosto, a relação entre o estrangulamento de sete mulheres _a partir de 2001_ e a existência de um suposto maníaco de Guarulhos. Mas, até agora, não tem pistas da autoria de nenhum dos casos e tem dificuldade até para fazer o retrato falado do suspeito.
Os policiais preparam a terceira versão do retrato falado. A divulgação dos anteriores _um feito em 2001 e outro no final de agosto_, feitos a partir das informações de duas sobreviventes, provocou pelo menos dois episódios de engano com pessoas parecidas com os retratos.
Em agosto, cem pessoas tentaram linchar um servente, confundido com o estrangulador, preso no 73º DP (Jaçanã). Na última sexta-feira, o professor Erivaldo da Silva Teixeira, 34, passou seis horas na delegacia de Ubatuba.
"Nós também estamos em dúvida", afirmou o delegado, referindo-se aos retratos. A intenção é divulgar um terceiro, mais preciso, no começo da próxima semana, segundo Américo.
Ele não quis identificar quais os dois ou três casos investigados que podem ter a mesma autoria. "Com certeza, são vários casos com vários autores", afirmou.
Américo disse que a "única coincidência" é que as sete mulheres foram estranguladas. "Nada mais une os sete casos." Segundo ele, testemunhas e vestígios do local do crime mostram isso, mas ele se negou a informar os pedidos e resultados de laudos do Instituto de Criminalística.
As conclusões do delegado contrariam o levantamento criminológico feito pela Secretaria para Assuntos de Segurança Pública de Guarulhos. Segundo o secretário Guaracy Mingardi, de seis a nove mulheres podem ter sido vítimas do mesmo agressor.
A secretaria montou um perfil da atuação do suposto maníaco e identificou diversas semelhanças nos casos: a vítima foi estrangulada em casa, estava com um pano enrolado no pescoço e o criminoso levou TV, videocassete ou aparelho de som.
Investigação
O promotor Marcelo Alexandre Oliveira, de Ubatuba, está apurando a denúncia de agressão verbal e discriminação contra o professor, que teria sido humilhado por policiais, na presença do delegado José Eduardo Cembranelli. Teixeira foi levado à delegacia e só foi liberado depois de a polícia ter revistado sua casa.
A Promotoria aguarda um ofício de Cembranelli para enviar o processo à Corregedoria da Polícia Civil. O professor leciona em uma escola da rede municipal de Ubatuba e faz curso de especialização na USP. O delegado Eduardo Iasco, da Seccional de São Sebastião _que abrange Ubatuba_, disse que só se pronunciará quando for notificado.
Polícia descarta que maníaco tenha matado 7 mulheres em Guarulhos
da Folha ValeA Polícia Civil descarta a possibilidade de os assassinatos de sete mulheres por estrangulamento em Guarulhos (Grande São Paulo) terem sido praticados pela mesma pessoa. Apenas dois ou três casos, dos sete investigados em conjunto, poderiam ter o mesmo autor.
"Pode ser que uma pessoa tenha matado duas ou três [mulheres]. Mas que matou as sete, não é", afirmou João Roque Américo, titular da Delegacia Seccional de Guarulhos.
A polícia investiga, desde o final de agosto, a relação entre o estrangulamento de sete mulheres _a partir de 2001_ e a existência de um suposto maníaco de Guarulhos. Mas, até agora, não tem pistas da autoria de nenhum dos casos e tem dificuldade até para fazer o retrato falado do suspeito.
Os policiais preparam a terceira versão do retrato falado. A divulgação dos anteriores _um feito em 2001 e outro no final de agosto_, feitos a partir das informações de duas sobreviventes, provocou pelo menos dois episódios de engano com pessoas parecidas com os retratos.
Em agosto, cem pessoas tentaram linchar um servente, confundido com o estrangulador, preso no 73º DP (Jaçanã). Na última sexta-feira, o professor Erivaldo da Silva Teixeira, 34, passou seis horas na delegacia de Ubatuba.
"Nós também estamos em dúvida", afirmou o delegado, referindo-se aos retratos. A intenção é divulgar um terceiro, mais preciso, no começo da próxima semana, segundo Américo.
Ele não quis identificar quais os dois ou três casos investigados que podem ter a mesma autoria. "Com certeza, são vários casos com vários autores", afirmou.
Américo disse que a "única coincidência" é que as sete mulheres foram estranguladas. "Nada mais une os sete casos." Segundo ele, testemunhas e vestígios do local do crime mostram isso, mas ele se negou a informar os pedidos e resultados de laudos do Instituto de Criminalística.
As conclusões do delegado contrariam o levantamento criminológico feito pela Secretaria para Assuntos de Segurança Pública de Guarulhos. Segundo o secretário Guaracy Mingardi, de seis a nove mulheres podem ter sido vítimas do mesmo agressor.
A secretaria montou um perfil da atuação do suposto maníaco e identificou diversas semelhanças nos casos: a vítima foi estrangulada em casa, estava com um pano enrolado no pescoço e o criminoso levou TV, videocassete ou aparelho de som.
Investigação
O promotor Marcelo Alexandre Oliveira, de Ubatuba, está apurando a denúncia de agressão verbal e discriminação contra o professor, que teria sido humilhado por policiais, na presença do delegado José Eduardo Cembranelli. Teixeira foi levado à delegacia e só foi liberado depois de a polícia ter revistado sua casa.
A Promotoria aguarda um ofício de Cembranelli para enviar o processo à Corregedoria da Polícia Civil. O professor leciona em uma escola da rede municipal de Ubatuba e faz curso de especialização na USP. O delegado Eduardo Iasco, da Seccional de São Sebastião _que abrange Ubatuba_, disse que só se pronunciará quando for notificado.
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