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15/10/2002 - 12h00

Família de estudante morto diz que vai processar Unesp

da Folha Ribeirão

A família do estudante Rodrigo Martins dos Reis, assassinado em Franca anteontem, informou que vai processar a Unesp pelo fato.

Tido pela família como uma pessoa pacífica, Reis cursava o segundo ano do ensino médio, nunca teve problemas com a polícia, sempre teve muitos amigos e ajudava a família no dia-a-dia da residência, no bairro Cidade Nova.

"Nós estamos inconformados. O Rodrigo era um menino bom, não tinha passagem policial e foi morto dessa forma. Ele trabalhava o dia todo e estudava à noite. Faltou segurança no local. Como alguém pode entrar na cozinha do DA, pegar uma faca e fazer isso?", questionou Helena Martins dos Reis, 42, mãe do estudante assassinado.

Eduardo Lopes Bonfim, delegado do 1º DP (Distrito Policial) de Franca que assumiu o caso, disse que deve fazer a reconstituição do crime. "A briga teria começado por causa de uma camisa de rock e terminado com o crime na rua", disse Bonfim.

"Ele gostava de rock. Isso não é defeito nenhum. Meus outros filhos gostam de música sertaneja e pop", afirmou Helena, que tenta se inspirar na novelista Glória Perez, que teve sua filha Daniela Perez assassinada pelo ator Guilherme de Pádua.

"Franca já foi uma cidade calma, mas agora está assim, violenta. Vou até o fim nesse caso, como a Glória Perez fez quando sua filha morreu", disse a mãe de Reis. O assassinato foi o 16º do ano no município, de acordo com o delegado.

Segundo Bonfim, a família do acusado, Alfredo Henrique dos Santos Gomes, 19, falou para ele que Gomes tinha problemas mentais. "Essa história de problema mental não cola. Se fosse assim, ele não poderia estar lá na festa", afirmou a mãe de Reis.

Ontem, os outros filhos de Helena, de 18 e 23 anos, não foram à escola e ao trabalho, já que não tinham condições emocionais. "Ninguém aqui em casa está bem, nem há motivo para estar", afirmou Helena.

O advogado da família de Gomes, Antônio Carlos Ewbank Seixas, 63, afirmou na tarde de ontem que vai pedir a liberação de seu cliente. "Não vejo motivo para ele ficar preso", disse.
 

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