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21/10/2002
-
18h39
Em meio às lágrimas e pedidos de justiça, a balconista Eronilda Célia dos Santos, 36, disse ontem que o seu marido, o garçom Nelson Simões dos Santos, 39, _assassinado em uma briga envolvendo sete estudantes de Brasília, na semana passada_ estava "muito feliz" com a comissão de R$ 40, que recebia todas as noites do restaurante em que trabalhava, em Porto Seguro (705 km ao sul de Salvador).
"Nós estávamos guardando a metade da comissão para construir uma pequena casinha na periferia da cidade. O nosso sonho era alugar a casinha e, com o dinheiro, dar uma vida mais digna para os nossos dois filhos [adolescentes]", disse a balconista. Ela recebe R$ 300 por mês como empregada de uma farmácia.
Nos últimos dois meses, o casal tinha comprado cimento, areia e 2.000 blocos. "O sonho de construir e alugar a casinha acabou com a morte de meu marido, assassinado covardemente por sete estudantes de Brasília."
O advogado Sérgio Eid, 50, que vai trabalhar como assistente de acusação do Ministério Público, disse que vai aguardar o encaminhamento dos processos para pedir indenização às famílias dos acusados.
"A legislação penal brasileira é clara e prevê pedidos de indenização. Nos próximos dias, vou começar a fazer o cálculo da relação expectativa de vida e comissão que o garçom recebia por dia quando foi assassinado."
Eid disse também que não acredita no relaxamento da prisão dos acusados. "O flagrante foi caracterizado, dentro das exigências da legislação."
De acordo com o advogado, a delegada Antonia Valadares Andrade agiu corretamente ao indiciar os acusados por "homicídio qualificado". "Existem muitas testemunhas que confirmam a agressividade dos estudantes", acrescentou Sérgio Eid.
Amigo do garçom assassinado, o pedreiro Antonio Carlos Santos Gonçalves, 34, disse que os estudantes de Brasília interromperam uma vida, mas não "acabaram com a Justiça".
"Todos devem pagar pelo crime que cometeram. Essas pessoas que mataram o Nelson, se não forem punidas, certamente serão integrantes de gangues no futuro."
Mulher de garçom morto em Porto Seguro vai pedir indenização
da Agência Folha, em SalvadorEm meio às lágrimas e pedidos de justiça, a balconista Eronilda Célia dos Santos, 36, disse ontem que o seu marido, o garçom Nelson Simões dos Santos, 39, _assassinado em uma briga envolvendo sete estudantes de Brasília, na semana passada_ estava "muito feliz" com a comissão de R$ 40, que recebia todas as noites do restaurante em que trabalhava, em Porto Seguro (705 km ao sul de Salvador).
"Nós estávamos guardando a metade da comissão para construir uma pequena casinha na periferia da cidade. O nosso sonho era alugar a casinha e, com o dinheiro, dar uma vida mais digna para os nossos dois filhos [adolescentes]", disse a balconista. Ela recebe R$ 300 por mês como empregada de uma farmácia.
Nos últimos dois meses, o casal tinha comprado cimento, areia e 2.000 blocos. "O sonho de construir e alugar a casinha acabou com a morte de meu marido, assassinado covardemente por sete estudantes de Brasília."
O advogado Sérgio Eid, 50, que vai trabalhar como assistente de acusação do Ministério Público, disse que vai aguardar o encaminhamento dos processos para pedir indenização às famílias dos acusados.
"A legislação penal brasileira é clara e prevê pedidos de indenização. Nos próximos dias, vou começar a fazer o cálculo da relação expectativa de vida e comissão que o garçom recebia por dia quando foi assassinado."
Eid disse também que não acredita no relaxamento da prisão dos acusados. "O flagrante foi caracterizado, dentro das exigências da legislação."
De acordo com o advogado, a delegada Antonia Valadares Andrade agiu corretamente ao indiciar os acusados por "homicídio qualificado". "Existem muitas testemunhas que confirmam a agressividade dos estudantes", acrescentou Sérgio Eid.
Amigo do garçom assassinado, o pedreiro Antonio Carlos Santos Gonçalves, 34, disse que os estudantes de Brasília interromperam uma vida, mas não "acabaram com a Justiça".
"Todos devem pagar pelo crime que cometeram. Essas pessoas que mataram o Nelson, se não forem punidas, certamente serão integrantes de gangues no futuro."
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