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22/10/2002
-
23h56
da Folha Online e
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
da Folha de S.Paulo
O governador Geraldo Alckmin disse após participação no programa "Roda Viva", na Rede Cultura, que ainda não tinha detalhes sobre o tiroteio em frente a casa da namorada de seu filho Thomaz, em que dois policiais militares, seguranças do filho, foram baleados. O governador disse que iria visitar o filho Thomas e familiares de um dos PMs que teria morrido durante o tiroteio.
Alckmin, candidato à reeleição ao governo de São Paulo, foi avisado do tiroteio apenas depois do programa na Rede Cultura. O governador foi avisado por João Carlos Meirelles, um dos coordenadores da campanha do tucano.
O governador afirmou que o incidente com o filho "foi um episódio acidental" e espera que "não haja exploração eleitoral" do caso.
Isolado nos estúdios da TV Cultura, Alckmin, candidato à reeleição, iniciou sua participação no programa "Roda Viva" às 22h, sem saber do crime, ocorrido cerca de meia hora antes. O governador chegou à emissora às 21h45. Estava acompanhado de pelo menos dois seguranças.
A entrevista começou às 22h. Cinco minutos depois chegou a primeira informação, não-oficial, sobre o acontecido, por meio dos seguranças do próprio governador. Eles foram buscar confirmação com os repórteres presentes.
Em uma sala próxima àquela onde se realizava a entrevista, o candidato a vice, Cláudio Lembo (PFL), e o senador Romeu Tuma (PFL) foram os primeiros a receber confirmação do que até poucos minutos após o início da entrevista era apenas um boato.
Imediatamente os dois informaram o restante do grupo de políticos que acompanhava o governador. Uma rápida discussão teve início sobre a necessidade ou não de relatar o ocorrido a Alckmin.
Prevaleceu a tese de que não seria conveniente. Um dos motivos alegados era que o governador poderia suspender a entrevista, preocupado com o filho.
"Seria desagradável para todo mundo. Além disso, o caso nos parece não estar relacionado ao tema da entrevista. Quando ficamos sabendo que o filho do governador estava bem, achamos melhor não avisá-lo", disse João Carlos Meirelles, coordenador da campanha de Alckmin.
A cada intervalo (de um minuto de duração) do programa, a movimentação era intensa nos estúdios e corredores da TV Cultura. Um dos temores era que o governador fosse questionado por algum telespectador, uma vez que o programa era transmitido ao vivo, com possibilidade de envio de perguntas.
Por conta disso, assessores da emissora chegaram a se reunir com a direção do programa para saber qual procedimento seria adotado caso isso acontecesse.
Conforme o tempo passava, o número de repórteres e assessores na emissora aumentava. O clima ficava tenso a cada nova pergunta sobre o tema violência, que dominou boa parte da entrevista.
Leia mais:
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Secretário vai conceder entrevista coletiva sobre suposto assalto
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Alckmin é informado sobre incidente com filho depois de entrevista
SILVIA FREIREda Folha Online e
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
da Folha de S.Paulo
O governador Geraldo Alckmin disse após participação no programa "Roda Viva", na Rede Cultura, que ainda não tinha detalhes sobre o tiroteio em frente a casa da namorada de seu filho Thomaz, em que dois policiais militares, seguranças do filho, foram baleados. O governador disse que iria visitar o filho Thomas e familiares de um dos PMs que teria morrido durante o tiroteio.
Alckmin, candidato à reeleição ao governo de São Paulo, foi avisado do tiroteio apenas depois do programa na Rede Cultura. O governador foi avisado por João Carlos Meirelles, um dos coordenadores da campanha do tucano.
O governador afirmou que o incidente com o filho "foi um episódio acidental" e espera que "não haja exploração eleitoral" do caso.
Isolado nos estúdios da TV Cultura, Alckmin, candidato à reeleição, iniciou sua participação no programa "Roda Viva" às 22h, sem saber do crime, ocorrido cerca de meia hora antes. O governador chegou à emissora às 21h45. Estava acompanhado de pelo menos dois seguranças.
A entrevista começou às 22h. Cinco minutos depois chegou a primeira informação, não-oficial, sobre o acontecido, por meio dos seguranças do próprio governador. Eles foram buscar confirmação com os repórteres presentes.
Em uma sala próxima àquela onde se realizava a entrevista, o candidato a vice, Cláudio Lembo (PFL), e o senador Romeu Tuma (PFL) foram os primeiros a receber confirmação do que até poucos minutos após o início da entrevista era apenas um boato.
Imediatamente os dois informaram o restante do grupo de políticos que acompanhava o governador. Uma rápida discussão teve início sobre a necessidade ou não de relatar o ocorrido a Alckmin.
Prevaleceu a tese de que não seria conveniente. Um dos motivos alegados era que o governador poderia suspender a entrevista, preocupado com o filho.
"Seria desagradável para todo mundo. Além disso, o caso nos parece não estar relacionado ao tema da entrevista. Quando ficamos sabendo que o filho do governador estava bem, achamos melhor não avisá-lo", disse João Carlos Meirelles, coordenador da campanha de Alckmin.
A cada intervalo (de um minuto de duração) do programa, a movimentação era intensa nos estúdios e corredores da TV Cultura. Um dos temores era que o governador fosse questionado por algum telespectador, uma vez que o programa era transmitido ao vivo, com possibilidade de envio de perguntas.
Por conta disso, assessores da emissora chegaram a se reunir com a direção do programa para saber qual procedimento seria adotado caso isso acontecesse.
Conforme o tempo passava, o número de repórteres e assessores na emissora aumentava. O clima ficava tenso a cada nova pergunta sobre o tema violência, que dominou boa parte da entrevista.
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