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28/10/2002 - 13h16

Motorista fala para passageiro mudar de lugar e é baleado

MARCO DE CASTRO
do Agora São Paulo

O motorista Luis Paulo da Silva,37, foi baleado em São Paulo após falar a um passageiro que ele não podia ficar na escada do ônibus. A identidade do criminoso ainda é desconhecida da polícia. Silva levou dois tiros e foi internado. Ele não corre risco de morte.

A tentativa de homicídio ocorreu por volta das 12h de ontem na avenida Carlos Lacerda, no Campo Limpo (zona sul da capital), dentro do ônibus que atua na linha 765-C (Jardim Apurá - Campo Limpo), da Viação Paratodos.

De acordo com o cobrador A.S.F., 21, o atirador subiu no coletivo e permaneceu em pé, na escada da entrada. O ônibus estava lotado, com cerca de 60 passageiros.

Aparentando entre 16 e 17 anos, alto, moreno e magro, o passageiro então obedeceu ao motorista e se deslocou para perto da catraca. "Durante o tempo em que ficou no ônibus, ele não discutiu com o Paulo", conta o cobrador.

Na altura do nº 335 da Carlos Lacerda, o coletivo parou em um ponto. Quando ia voltar a andar, o suposto menor sacou um revólver, gritou um palavrão para o motorista e disparou três vezes contra ele. Duas das balas alvejaram Silva, no nariz e no abdome. A terceira atravessou o retrovisor e o pára-brisa. Em seguida, o atirador fugiu correndo pela avenida.

Ainda segundo o cobrador, ele e Silva estavam trabalhando no turno da manhã e terminariam o expediente às 14h. "Era nossa última viagem do dia", diz. Há três meses trabalhando junto da vítima naquela linha, A. conta que, neste período, eles já haviam sofrido um assalto. "Aquela linha é muito perigosa", conclui.

Para a polícia, que registrou o caso como tentativa de assassinato no 37º DP (Campo Limpo), o crime pode ter sido uma vingança contra Silva. No entanto, a hipótese de que a ordem para mudar de lugar tenha irritado o passageiro a ponto de ele atirar também não é descartada. "Nos três meses em que trabalhei com o Paulo, ele nunca discutiu com ninguém", diz A.

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