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30/10/2002 - 04h24

SP amplia horário de circulação de caminhões no centro

da Folha de S.Paulo

A partir de 17 de fevereiro de 2003, os cerca de 550 mil veículos de carga que circulam pela cidade de São Paulo terão novas regras a seguir. As principais mudanças são a ampliação do horário em que caminhões de pequeno porte poderão entrar em áreas centrais e a implantação do Cartão-Caminhão, que substituirá as autorizações especiais para que os veículos possam, segundo seu tipo de atividade, circular ou estacionar fora do local ou horário previstos.

No quadrilátero delimitado pelas av. Prestes Maia, Senador Queirós, do Estado e São João e na região compreendida entre as av. Brigadeiro Faria Lima, Brigadeiro Luís Antônio, Paulista, Doutor Arnaldo e a rua Cardeal Arcoverde, os VLCs (Veículos Leves de Carga, que têm entre 5,5 m e 6,3 m de comprimento e até 2,2 m de largura) passarão a poder circular até as 16h durante a semana e não terão restrições aos sábados.

Hoje, de segunda a sexta-feira, eles só devem permanecer nessas duas áreas (classificadas como Zonas de Máxima Restrição à Circulação) até as 9h e as 15h, respectivamente. Aos sábados, a circulação é proibida entre 9h e 13h na região mais central.

As alterações constam da portaria 26/02 do DSV (Departamento de Operação do Sistema Viário), publicada no último sábado, que substitui dez portarias anteriores.

O objetivo, segundo a Secretaria Municipal dos Transportes, foi, por um lado, organizar o tráfego de caminhões, padronizando horários, buscando disciplinar e, ao mesmo tempo, diluir a movimentação de veículos cujas cargas têm de ser transportadas de dia. Por outro lado, com o Cartão-Caminhão, a pasta quer, por meio da informatização, simplificar o processo de autorização.

Embora a própria secretaria já tenha discutido a imposição de maiores restrições à movimentação de cargas à noite e mantenha o projeto de entrega programada noturna, o titular da pasta, Carlos Zarattini, sustenta que a portaria facilitará a fiscalização e não trará impacto ao tráfego na capital.

Especialistas do setor de transporte e o Setsesp (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região) concordam. Segundo o vice-presidente do sindicato, Urubatan Helou, o aumento da permissão de circulação dos VLCs é bom porque, por serem eles maiores que os VUCs (Veículos Urbanos de Carga, que têm até 5,5 m de comprimento), fazem menos viagens e, por isso, causam menos trânsito. Hoje em São Paulo a proporção chega a ser de cinco VUCs para um VLC.

Para Roberto Scaringella, ex-presidente e fundador da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a flexibilização dos horários nas zonas de restrição máxima pode ter uma boa influência na economia local. "Por outro lado, nas regiões centrais não predomina a circulação de veículos superdimensionados." Por isso, diz, o impacto deverá ser mínimo.

Além disso, segundo Scaringella, o horário em que foi ampliada a possibilidade de circulação fica entre os picos de tráfego.

Ailton Brasiliense, diretor-executivo da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), diz que a CET costuma fazer levantamentos periódicos e sabe se há espaço para flexibilização.

Fora as mudanças nessas áreas, ficam valendo as demais restrições: de condições de circulação dos veículos, do tipo de carga e da natureza do serviço prestado. Ficam mantidas também as limitações nos grandes corredores de tráfego e nas zonas residenciais.
 

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