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30/10/2002 - 13h15

Elias Maluco acompanha depoimentos em fórum do Rio

LÍVIA MARRA
da Folha Online

O traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, acompanha hoje depoimentos de testemunhas de acusação na 38ª Vara Criminal do Rio. Um esquema especial de segurança foi montado no fórum.

Principal acusado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, ocorrido em junho, o traficante vai acompanhar os depoimentos de testemunhas de um processo que responde por tentativa de homicídio contra cinco policiais. Segundo o Tribunal de Justiça do Estado, o crime ocorreu em janeiro do ano passado.

A audiência está marcada para começar às 14h. Em princípio, cinco pessoas deverão ser ouvidas pelo juiz.

Em Bangu 1
Elias Maluco está preso em Bangu 1, na zona oeste, desde sábado (26), quando outros líderes do tráfico voltaram para a unidade, destruída durante rebelião ocorrida em 11 de setembro, comandada por Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.

Elias Maluco foi preso em 19 de setembro durante operação policial no Complexo do Alemão, mesmo local onde o repórter Tim Lopes foi assassinado. Ele ficou detido no Batalhão de Choque da Polícia Militar, no centro do Rio, durante a reforma de Bangu 1.

A transferência dos traficantes ocorreu dois dias depois que dois celulares foram encontrados na cela que era ocupada por Elias Maluco e Marcos Antônio da Silva Tavares, o Marquinho Niterói.

Transferência
Oito traficantes que estavam presos no Batalhão de Choque da Polícia Militar, no centro, e no Comando de Policiamento do Interior, em Niterói, desde a rebelião de 11 de setembro, foram transferidos no início da manhã de sábado (26).

Depois da rebelião de setembro, que durou 23 horas e terminou com quatro rivais do CV (Comando Vermelho) mortos, Bangu 1 ganhou, entre outros recursos de segurança, bloqueador de celular para dificultar a comunicação e planos de ação dos criminosos.

A transferência ocorreu por volta das 6h e contou com forte aparato policial. A operação parou a avenida Brasil, uma das principais vias do Rio.

Estavam no Batalhão de Choque os traficantes Fernandinho Beira-Mar, Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, Marcos Marinho dos Santos, o Chapolim, Marco Antônio Firmino da Silva, o My Thor, e Márcio Silva Macedo, o Gigante -transferidos após a rebelião.

Também estava detidos no local, além de Elias Maluco, Marquinho Niterói, "grampeado" pelo Ministério Público e transferido para o batalhão após as gravações, feitas dia 15 de setembro, e que revelavam planos de retaliação pela transferência dos traficantes para o Batalhão da PM. Todos são ligados ao CV (Comando Vermelho).

Celso Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, também voltou para Bangu 1. Ferido durante a rebelião de setembro, ele estava preso em Niterói. Celsinho da Vila Vintém é integrante da ADA (Amigos dos Amigos), facção rival ao CV.

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