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31/10/2002 - 07h42

Audiência é adiada e Elias Maluco acompanha depoimentos hoje

LÍVIA MARRA
da Folha Online

Cinco testemunhas de acusação do traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, deverão prestar depoimento hoje. A audiência deveria ter ocorrido na tarde de ontem na 38ª Vara Criminal do Rio, mas foi adiada.

Segundo a assessoria de imprensa do TJ (Tribunal de Justiça) do Estado, houve falta de comunicação entre dirigentes do Batalhão de Choque da Polícia Militar, onde estava preso até sábado (26), e de Bangu 1, para onde foi transferido.

Ainda conforme o TJ, um comboio chegou a ser deslocado até Bangu, na zona oeste, mas como a direção não havia sido avisada da audiência, Elias Maluco permaneceu na unidade.


Principal acusado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, ocorrido em junho, o traficante vai acompanhar os depoimentos de testemunhas de um processo que responde por tentativa de homicídio contra cinco policiais. Conforme o TJ, o crime ocorreu em janeiro do ano passado.

Em Bangu 1

Elias Maluco está preso em Bangu 1, na zona oeste, desde sábado (26), quando outros líderes do tráfico voltaram para a unidade, destruída durante rebelião ocorrida em 11 de setembro, comandada por Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.

Elias Maluco foi preso em 19 de setembro durante operação policial no Complexo do Alemão, mesmo local onde o repórter Tim Lopes foi assassinado. Ele ficou detido no Batalhão de Choque da Polícia Militar, no centro do Rio, durante a reforma de Bangu 1.

A transferência dos traficantes ocorreu dois dias depois que dois celulares foram encontrados na cela que era ocupada por Elias Maluco e Marcos Antônio da Silva Tavares, o Marquinho Niterói.

Transferência

Oito traficantes que estavam presos no Batalhão de Choque da Polícia Militar, no centro, e no Comando de Policiamento do Interior, em Niterói, desde a rebelião de 11 de setembro, foram transferidos no início da manhã de sábado (26).

Depois da rebelião de setembro, que durou 23 horas e terminou com quatro rivais do CV (Comando Vermelho) mortos, Bangu 1 ganhou, entre outros recursos de segurança, bloqueador de celular para dificultar a comunicação e planos de ação dos criminosos.

A transferência ocorreu por volta das 6h e contou com forte aparato policial. A operação parou a avenida Brasil, uma das principais vias do Rio.

Estavam no Batalhão de Choque os traficantes Fernandinho Beira-Mar, Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, Marcos Marinho dos Santos, o Chapolim, Marco Antônio Firmino da Silva, o My Thor, e Márcio Silva Macedo, o Gigante -transferidos após a rebelião.

Também estava detidos no local, além de Elias Maluco, Marquinho Niterói, 'grampeado' pelo Ministério Público e transferido para o batalhão após as gravações, feitas dia 15 de setembro, e que revelavam planos de retaliação pela transferência dos traficantes para o Batalhão da PM. Todos são ligados ao CV (Comando Vermelho).

Celso Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, também voltou para Bangu 1. Ferido durante a rebelião de setembro, ele estava preso em Niterói. Celsinho da Vila Vintém é integrante da ADA (Amigos dos Amigos), facção rival ao CV.

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