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05/11/2002
-
10h30
O laudo final da Aeronáutica sobre o acidente com o helicóptero Agusta PPMPA-109, do grupo Pão de Açúcar, que provocou a morte da modelo Fernanda Vogel e do piloto Ronaldo Jorge Ribeiro, foi divulgado ontem pela Associação Brasileira de Parentes e Amigos das Vítimas de Acidentes Aéreos.
No helicóptero estavam, além do piloto e da modelo, o empresário João Paulo Diniz e o co-piloto Luiz Roberto Cintra. A aeronave caiu na praia de Maresias, litoral norte de São Paulo, em 27 de junho de 2001.
Conforme a Folha havia adiantado em junho, a Aeronáutica apontou "fatores contribuintes" para a queda da aeronave, como as condições meteorológicas desfavoráveis apresentadas na noite do acidente e a deficiente coordenação de cabine.
O relatório divulgado ontem cita algumas outras falhas de segurança e na atuação do piloto. Segundo o laudo, feito pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), o helicóptero decolou do heliponto do Pão de Açúcar no centro de São Paulo em direção à praia sem plano de vôo ou contato com órgãos do tráfego aéreo.
Segundo o Cenipa, a tripulação desconhecia as condições meteorológicas em Maresias. na ocasião, chovia forte e havia rajadas de vento de até 40 km/h _o normal são ventos de 8 km/h. Também não havia coletes salva-vidas.
Ainda de acordo com a Aeronáutica, outro fator de contribuiu com o acidente foi o psicológico da tripulação e desgaste físico do piloto, já que, no dia do acidente, segundo o relatório, a tripulação já somava mais de 10 horas de trabalho.
Recomendações
O relatório não aponta culpados, e sim falhas técnicas, além de fazer recomendações. "O relatório não é final, mas não conclusivo", disse o advogado Antônio José Ribas Paiva, que defende a família do piloto morto.
"Ele faz recomendações, como evitar que a tripulação trabalhe por muitas horas, a necessidade de um plano de vôo e, acima de tudo, que o piloto não voe em condições meteorológicas adversas."
O Pão de Açúcar informou que já está cumprindo todas as recomendações especificadas no relatório.
Para a presidente da Associação de Parentes e Amigos das Vítimas de Acidentes Aéreos, Sandra Assali, a divulgação das falhas de acidentes são importantes para evitar outras tragédias.
"A utilização de helicópteros, hoje, é muito comum no país. No entanto, não existem critérios bem definidos sobre as aeronaves. Divulgar falhas, independentemente dos envolvidos no caso, é uma maneira de pressionar as empresas para que haja menos risco de acidente", disse.
Indenização
O advogado aguarda decisão da Justiça sobre uma ação por danos morais e materiais em favor da família do piloto e contra o Pão de Açúcar.
Segundo Paiva, a empresa ofereceu inicialmente R$ 400 mil de indenização, o que não foi aceito. O piloto ganhava R$ 14 mil e a mulher recebe atualmente R$ 1.200 do INSS.
De acordo com o advogado, a empresa realizou acordo com a família de Fernanda Vogel em R$ 3 milhões.
Leia mais:
Pão de Açúcar emite nota sobre laudo de acidente com helicóptero
Laudo aponta falhas de segurança em helicóptero do Pão de Açúcar
da Folha OnlineO laudo final da Aeronáutica sobre o acidente com o helicóptero Agusta PPMPA-109, do grupo Pão de Açúcar, que provocou a morte da modelo Fernanda Vogel e do piloto Ronaldo Jorge Ribeiro, foi divulgado ontem pela Associação Brasileira de Parentes e Amigos das Vítimas de Acidentes Aéreos.
No helicóptero estavam, além do piloto e da modelo, o empresário João Paulo Diniz e o co-piloto Luiz Roberto Cintra. A aeronave caiu na praia de Maresias, litoral norte de São Paulo, em 27 de junho de 2001.
Conforme a Folha havia adiantado em junho, a Aeronáutica apontou "fatores contribuintes" para a queda da aeronave, como as condições meteorológicas desfavoráveis apresentadas na noite do acidente e a deficiente coordenação de cabine.
O relatório divulgado ontem cita algumas outras falhas de segurança e na atuação do piloto. Segundo o laudo, feito pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), o helicóptero decolou do heliponto do Pão de Açúcar no centro de São Paulo em direção à praia sem plano de vôo ou contato com órgãos do tráfego aéreo.
Segundo o Cenipa, a tripulação desconhecia as condições meteorológicas em Maresias. na ocasião, chovia forte e havia rajadas de vento de até 40 km/h _o normal são ventos de 8 km/h. Também não havia coletes salva-vidas.
Ainda de acordo com a Aeronáutica, outro fator de contribuiu com o acidente foi o psicológico da tripulação e desgaste físico do piloto, já que, no dia do acidente, segundo o relatório, a tripulação já somava mais de 10 horas de trabalho.
Recomendações
O relatório não aponta culpados, e sim falhas técnicas, além de fazer recomendações. "O relatório não é final, mas não conclusivo", disse o advogado Antônio José Ribas Paiva, que defende a família do piloto morto.
"Ele faz recomendações, como evitar que a tripulação trabalhe por muitas horas, a necessidade de um plano de vôo e, acima de tudo, que o piloto não voe em condições meteorológicas adversas."
O Pão de Açúcar informou que já está cumprindo todas as recomendações especificadas no relatório.
Para a presidente da Associação de Parentes e Amigos das Vítimas de Acidentes Aéreos, Sandra Assali, a divulgação das falhas de acidentes são importantes para evitar outras tragédias.
"A utilização de helicópteros, hoje, é muito comum no país. No entanto, não existem critérios bem definidos sobre as aeronaves. Divulgar falhas, independentemente dos envolvidos no caso, é uma maneira de pressionar as empresas para que haja menos risco de acidente", disse.
Indenização
O advogado aguarda decisão da Justiça sobre uma ação por danos morais e materiais em favor da família do piloto e contra o Pão de Açúcar.
Segundo Paiva, a empresa ofereceu inicialmente R$ 400 mil de indenização, o que não foi aceito. O piloto ganhava R$ 14 mil e a mulher recebe atualmente R$ 1.200 do INSS.
De acordo com o advogado, a empresa realizou acordo com a família de Fernanda Vogel em R$ 3 milhões.
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