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06/11/2002 - 05h02

É possível concluir obra no prazo, diz Dersa

da Folha de S.Paulo

A Dersa avalia que, embora as obras do trecho sul comecem com atraso, é possível acelerar a construção para terminá-la antes do prazo de 42 meses (três anos e meio) previsto no EIA-Rima.

"Há certa elasticidade no ritmo da obra. Se houver dinheiro, dá para apertar e fazer em três anos", diz Rubens Mazon, coordenador de gestão ambiental do Rodoanel na Dersa, ao ser questionado sobre a possibilidade de Geraldo Alckmin (PSDB) conseguir concluir a alça sul ainda em seu mandato, que termina em 2006.

Mazon ressalva que, se houver mais atrasos no cronograma, por causa de problemas judiciais na licitação ou pela não-aprovação imediata do traçado no Consema, por exemplo, a obra dificilmente será entregue pela atual gestão.

Além das questões ambientais, as indefinições financeiras também podem atrasar a alça sul. O trecho oeste do Rodoanel, de 32 km, concluído no mês passado após três anos e meio de obras, sofreu interrupções em sua construção por causa do atraso nos repasses do governo federal, responsável por um terço dos gastos.

A intenção da Dersa ainda é contar com alguma participação da iniciativa privada na alça sul, mas os estudos sobre essa viabilidade ainda estão começando.

Para 2003, as obras do Rodoanel contam com uma previsão orçamentária de R$ 50 milhões do Estado e de R$ 33 milhões da União. A Prefeitura de São Paulo, que, na gestão Celso Pitta, desistiu de colaborar com a divisão dos custos, não voltou, na gestão Marta Suplicy (PT), a mostrar interesse.

Na avaliação da Dersa, os atrasos no cronograma das audiências públicas devem ampliar a discussão sobre a importância da obra, defendida por especialistas não só para retirar parte do tráfego de caminhões das marginais como para interligar os municípios da região metropolitana.

Segundo Mazon, a ordem de serviço para a realização do projeto executivo da alça sul deve ser dada neste ou no próximo mês.

Enquanto os ambientalistas resistem aos traçados futuros do Rodoanel, as prefeituras do ABC, beneficiadas pela alça sul, pressionam para apressar as obras.

Renato Luiz Maués, do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, diz que deverá propor um desmembramento dos futuros trechos -ou seja, que a alça sul seja aprovada antes e que as demais sejam discutidas depois.

"Socialmente e ambientalmente não faz sentido desmembrar. Quando se constrói a alça sul, já se limita os traçados nas demais", diz Mazon, embora a Dersa tenha feito a oeste sem analisar os impactos do Rodoanel inteiro.
 

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