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11/11/2002
-
19h08
da Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto
LÍGIA NÓBREGA
free-lance para a Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto
Negociadores da polícia entregaram dois coletes a prova de balas para os assaltantes que mantêm reféns em uma casa do Alto da Boa Vista, bairro de classe alta de Ribeirão Preto (314 km a norte de São Paulo) em troca da libertação de uma garota de 14 anos.
Os assaltantes, armados com revólveres, invadiram uma residência por volta das 12h30. O local foi cercado. A operação envolveu aproximadamente 20 homens da Polícia Civil, entre delegados e investigadores, e outros 20 policiais militares. Veículos do Corpo de Bombeiros e ambulâncias da prefeitura também foram acionadas.
Por volta das 15h, os criminosos afirmaram que iriam matar as vítimas caso a polícia não os deixasse sair.
Os reféns são a proprietária da casa, sua filha, de 14 anos -libertada no início da noite-, e uma empregada.
Os dois assaltantes foram identificados pelos apelidos de "Branco", 25, e "Preto", 19.
Segundo "Branco" _que falou com a Folha por telefone, no final da tarde_, ele tentou o assalto porque está em situação financeira difícil e foi "tentar a sorte".
O assaltante disse também que a polícia estava dificultando a negociação, razão pela qual ele ameaçava matar os reféns. "Vão sair cinco caixões aqui de dentro", disse o assaltante, dando a entender que eles também sairiam mortos da operação.
Tensa, mas tentando manter a calma, a proprietária da casa disse à reportagem, às 17h, que não havia tido violência no local. Questionada se a situação estava bem, ela respondeu: "Por enquanto [sim]."
A tentativa de roubo começou por volta das 12h30, quando os assaltantes invadiram a casa armados com um revólver. Três pessoas que estavam no interior da residência conseguiram fugir. Uma delas _funcionário da casa_ chamou a polícia.
A negociação foi comandada inicialmente pelo major da PM Antonio Aparecido Arcêncio, mas, com a chegada da Polícia Civil, as conversas passaram a ser conduzidas pelo delegados Sérgio Siqueira e Paulo Pereira de Paula.
A dupla exigia da polícia dois coletes a prova de balas, R$ 2.000 em dinheiro e queria deixar o local com pelo menos um refém.
Por volta das 18h, dois policiais civis se aproximaram da residência com dois coletes e duas metralhadoras. "Branco" afirmou que o veículo a ser usado na fuga é o da própria família.
À Folha, Arcêncio disse que a Polícia Civil assumiu as negociações obedecendo a uma resolução da Secretaria de Estado da Segurança Pública, que regulamenta ocorrências do gênero. "A resolução diz que a Polícia Civil faz as negociações e, a PM, o cerco."
Enquanto estava no comando, Arcêncio usou o cinegrafista Luiz Moraes Júnior, da TV Clube _retransmissora local da Rede Bandeirantes_, para tentar a rendição da dupla de assaltantes, sem sucesso.
A PM entrou em contato com o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) para auxiliar nas negociações.
Leia mais:
Polícia ainda negocia com assaltantes em Ribeirão Preto (SP)
Assaltantes mantêm reféns em casa de Ribeirão Preto (SP)
Polícia entrega coletes e assaltantes libertam refém em Ribeirão
ROGÉRIO PAGNANda Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto
LÍGIA NÓBREGA
free-lance para a Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto
Negociadores da polícia entregaram dois coletes a prova de balas para os assaltantes que mantêm reféns em uma casa do Alto da Boa Vista, bairro de classe alta de Ribeirão Preto (314 km a norte de São Paulo) em troca da libertação de uma garota de 14 anos.
Os assaltantes, armados com revólveres, invadiram uma residência por volta das 12h30. O local foi cercado. A operação envolveu aproximadamente 20 homens da Polícia Civil, entre delegados e investigadores, e outros 20 policiais militares. Veículos do Corpo de Bombeiros e ambulâncias da prefeitura também foram acionadas.
Por volta das 15h, os criminosos afirmaram que iriam matar as vítimas caso a polícia não os deixasse sair.
Os reféns são a proprietária da casa, sua filha, de 14 anos -libertada no início da noite-, e uma empregada.
Os dois assaltantes foram identificados pelos apelidos de "Branco", 25, e "Preto", 19.
Segundo "Branco" _que falou com a Folha por telefone, no final da tarde_, ele tentou o assalto porque está em situação financeira difícil e foi "tentar a sorte".
O assaltante disse também que a polícia estava dificultando a negociação, razão pela qual ele ameaçava matar os reféns. "Vão sair cinco caixões aqui de dentro", disse o assaltante, dando a entender que eles também sairiam mortos da operação.
Tensa, mas tentando manter a calma, a proprietária da casa disse à reportagem, às 17h, que não havia tido violência no local. Questionada se a situação estava bem, ela respondeu: "Por enquanto [sim]."
A tentativa de roubo começou por volta das 12h30, quando os assaltantes invadiram a casa armados com um revólver. Três pessoas que estavam no interior da residência conseguiram fugir. Uma delas _funcionário da casa_ chamou a polícia.
A negociação foi comandada inicialmente pelo major da PM Antonio Aparecido Arcêncio, mas, com a chegada da Polícia Civil, as conversas passaram a ser conduzidas pelo delegados Sérgio Siqueira e Paulo Pereira de Paula.
A dupla exigia da polícia dois coletes a prova de balas, R$ 2.000 em dinheiro e queria deixar o local com pelo menos um refém.
Por volta das 18h, dois policiais civis se aproximaram da residência com dois coletes e duas metralhadoras. "Branco" afirmou que o veículo a ser usado na fuga é o da própria família.
À Folha, Arcêncio disse que a Polícia Civil assumiu as negociações obedecendo a uma resolução da Secretaria de Estado da Segurança Pública, que regulamenta ocorrências do gênero. "A resolução diz que a Polícia Civil faz as negociações e, a PM, o cerco."
Enquanto estava no comando, Arcêncio usou o cinegrafista Luiz Moraes Júnior, da TV Clube _retransmissora local da Rede Bandeirantes_, para tentar a rendição da dupla de assaltantes, sem sucesso.
A PM entrou em contato com o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) para auxiliar nas negociações.
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