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11/11/2002
-
19h58
da Folha Online
A Febem de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, abriu uma sindicância e afastou dez funcionários por suspeitas de maus-tratos após uma revista da Promotoria da Infância e da Juventude na última quinta-feira (7). Foram encontrados mais de 30 tipos de cassetetes no almoxarifado, área de acesso restrito aos funcionários.
De acordo com a Febem, entre os afastados, estão monitores que foram denunciados por internos por maus-tratos e por abuso sexual. A sindicância ainda não tem prazo definido ser concluída.
Os funcionários da unidade decidiram fazer uma paralisação de advertência na próxima quinta-feira (14), a partir das 6h contra a ação do Ministério Público.
"Nós não estamos contra a intervenção do Ministério Público, mas contra a maneira como eles estão agindo com os funcionários", afirma o presidente do Sitraemfa, sindicato da categoria, Antonio Gilberto da Silva. Segundo funcionários, os monitores foram desrespeitados na frente dos menores, o que prejudica sua autoridade.
Para os funcionários, as denúncias dos adolescentes são "infundadas" e "têm o objetivo de desestabilizar a Febem" e os objetos encontrados durante a revista, "nada mais são do que os resquícios do tumulto da visita das mães".
A Febem afirma que não acredita no sucesso da paralisação promovida pelo sindicato na quinta.
Vistoria
Os promotores da Infância e da Juventude Wilson Tafner, Ebenezer Soares e Sueli Riviera encontraram na última quinta-feira (7) mais de 30 tipos de cassetetes em uma sala de uso restrito a funcionários da unidade.
São pernas de mesa, canos, porretes, pedaços de madeira com pregos na ponta, bastões de ferro com a ponta enferrujada, pedaços de cano e um cassetete da Polícia Militar. "As formas dos objetos são compatíveis às marcas encontradas no corpo dos internos, pelo exame do corpo de delito", disse o promotor Wilson Tafner.
De acordo com o promotor, os objetos estavam escondidos dentro de sacos de lixo e de pano que estavam embaixo de prateleiras e em caixas, escondidas no almoxarifado da unidade. Um dos objetos estava dentro de um estojo de cavaquinho. No local, se armazenam produtos de limpeza e de papelaria.
Os promotores fotografaram e filmaram o local e fizeram um boletim de ocorrência com um auto de apreensão.
O material será usado como prova no inquérito que pede o fechamento da unidade de Franco da Rocha e o afastamento definitivo de toda a diretoria.
Febem abre sindicância e afasta dez por denúncias de maus-tratos
LETÍCIA JARDIM GUEDESda Folha Online
A Febem de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, abriu uma sindicância e afastou dez funcionários por suspeitas de maus-tratos após uma revista da Promotoria da Infância e da Juventude na última quinta-feira (7). Foram encontrados mais de 30 tipos de cassetetes no almoxarifado, área de acesso restrito aos funcionários.
De acordo com a Febem, entre os afastados, estão monitores que foram denunciados por internos por maus-tratos e por abuso sexual. A sindicância ainda não tem prazo definido ser concluída.
Os funcionários da unidade decidiram fazer uma paralisação de advertência na próxima quinta-feira (14), a partir das 6h contra a ação do Ministério Público.
"Nós não estamos contra a intervenção do Ministério Público, mas contra a maneira como eles estão agindo com os funcionários", afirma o presidente do Sitraemfa, sindicato da categoria, Antonio Gilberto da Silva. Segundo funcionários, os monitores foram desrespeitados na frente dos menores, o que prejudica sua autoridade.
Para os funcionários, as denúncias dos adolescentes são "infundadas" e "têm o objetivo de desestabilizar a Febem" e os objetos encontrados durante a revista, "nada mais são do que os resquícios do tumulto da visita das mães".
A Febem afirma que não acredita no sucesso da paralisação promovida pelo sindicato na quinta.
Vistoria
Os promotores da Infância e da Juventude Wilson Tafner, Ebenezer Soares e Sueli Riviera encontraram na última quinta-feira (7) mais de 30 tipos de cassetetes em uma sala de uso restrito a funcionários da unidade.
São pernas de mesa, canos, porretes, pedaços de madeira com pregos na ponta, bastões de ferro com a ponta enferrujada, pedaços de cano e um cassetete da Polícia Militar. "As formas dos objetos são compatíveis às marcas encontradas no corpo dos internos, pelo exame do corpo de delito", disse o promotor Wilson Tafner.
De acordo com o promotor, os objetos estavam escondidos dentro de sacos de lixo e de pano que estavam embaixo de prateleiras e em caixas, escondidas no almoxarifado da unidade. Um dos objetos estava dentro de um estojo de cavaquinho. No local, se armazenam produtos de limpeza e de papelaria.
Os promotores fotografaram e filmaram o local e fizeram um boletim de ocorrência com um auto de apreensão.
O material será usado como prova no inquérito que pede o fechamento da unidade de Franco da Rocha e o afastamento definitivo de toda a diretoria.
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