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18/11/2002 - 18h49

Sindicato dos motoristas "está feliz" com saída de Zarattini

LETÍCIA JARDIM GUEDES
da Folha Online

O pedido de demissão feito nesta manhã pelo secretário municipal dos Transportes de São Paulo, Carlos Alberto Zarattini, e aceito pela prefeita Marta Suplicy, foi comemorado pelo Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de São Paulo.

"O sindicato está feliz, pois o secretário sempre teve uma postura inflexível e desrespeitou os trabalhadores. Não nos atendia, nunca aceitou nenhum tipo de sugestão sugerida por nós. Não havia acordo com ele", disse o diretor executivo do sindicato, Francisco Xavier da Silva Filho.

A Transurb, sindicato das empresas de ônibus, não quis comentar a saída de Zarattini da secretaria.

O chefe de gabinete da secretaria, Luiz Silveira Rangel, assume o cargo interinamente. Ainda não foi anunciado o substituto de Zarattini.

Denúncias

Zarattini pediu demissão após denúncias de irregularidades feitas na segunda-feira passada (11), pelo empresário Willian Ali Chaim.

Ele acusou a secretaria de ter repassado R$ 665 mil de maneira irregular a duas empresas de ônibus em agosto deste ano e de ter articulado um esquema de desvio de vales-transporte para pagar salários de condutores.

O rompimento de contratos com empresas de ônibus da cidade também fragilizaram o secretário -a SPTrans (São Paulo Transporte, órgão municipal que cuida do setor) rompeu com as viações Santa Bárbara, São Judas e Expresso Parelheiros.

Chaim também disse ter sido procurado por empresários de ônibus que estariam sendo pressionados por Zarattini para sair do sistema. Zarattini nega desvio ilegal.

Alto escalão

O petista Chaim, que fez as acusações na Secretaria de Transportes, é ligado ao alto escalão do partido e já trabalhou com Rui Falcão (secretário de Governo de Marta Suplicy), José Dirceu (presidente nacional do PT) e Ricardo Zarattini (pai do atual secretário dos Transportes).

Ele disse suspeitar da forma como foram pagos os R$ 2,5 milhões do passivo trabalhista das viações Ibirapuera e Santo Amaro _que foram fechadas e tiveram suas linhas distribuídas a Niquini e a outros empresários.

O petista disse ter sido procurado por empresários de ônibus que estariam sendo pressionados por Zarattini para sair do sistema. Citou a AAL, controlada por Arnaldo Caputo Gomes. Chaim afirma acreditar que há interesse do secretário em deixar um monopólio nas mãos de grandes grupos.

O depoimento de Chaim reforçou na Câmara um movimento pela criação de uma CPI para apurar irregularidades no setor.


Leia mais:
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