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02/08/2000 - 15h10

Polícia encontra mais uma suposta vítima do maníaco de BH

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RANIER BRAGON
da Agência Folha , em Belo Horizonte

A Polícia Militar localizou nesta quarta-feira (02) no bairro Camargos, região noroeste de Belo Horizonte, o corpo da secretária Josélia Mara Lopes Santos, 31, desaparecida havia oito dias.

Desde fevereiro do ano passado, pelo menos dez mulheres sumiram em bairros da região. Cinco corpos (incluído o de ontem) já foram encontrados em matagais e lotes vagos desses bairros, nos últimos seis meses. Até agora, nenhum dos casos foi esclarecido.

O corpo da secretária _reconhecido no local por parentes da vítima_ foi localizado depois de a polícia ter recebido uma denúncia anônima. De acordo com os peritos que estiveram no local, a Josélia foi morta há cinco dias, provavelmente estrangulada com o próprio cinto.

Três das mulheres que tiveram seus corpos encontrados na região nos últimos meses foram assassinadas por estrangulamento. Josélia desapareceu quando estava indo se encontrar com o marido, Webert Petronilho dos Santos, 28, em uma estação de metrô de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.

A polícia deve instaurar hoje o inquérito para apurar as circunstâncias do crime. Até o momento, sabe-se que foram feitos três saques _totalizando R$ 600_ na conta corrente da secretária, desde seu desaparecimento.

A polícia divulgou até agora que duas pessoas _um jardineiro foragido e um capitão da Polícia Militar_ estão sendo investigadas sob suspeita de envolvimento com os assassinatos e desaparecimentos das mulheres.

Apesar disso, o titular da Delegacia de Homicídios, Édson Moreira, responsável pela apuração dos casos, continua dizendo que sua linha de investigação não aponta para a existência de um mesmo autor para todos os crimes.

Os episódios já provocaram várias manifestações de parentes das vítimas, que recorreram inclusive ao governador Itamar Franco, sem partido.

Ele determinou há alguns meses que a polícia se empenhasse na apuração dos casos. Foram unificadas as investigações e a PM fez vários rastreamentos nas matas da região. Além disso, policiais à paisana teriam sido colocados em pontos onde há maior incidência de desaparecimentos.

Os desaparecimentos e mortes de mulheres em BH lembram o caso envolvendo o motoboy Francisco de Assis Pereira, que ficou conhecido como o "Maníaco do Parque".

Pereira confessou que atraía mulheres para o parque do Estado (região sudoeste de São Paulo) com falsas promessas de que elas posariam para campanhas publicitárias. Lá, as mulheres acabaram sendo assassinadas. Pereira foi preso em agosto de 1998 e é acusado de ter matado pelo menos dez mulheres e violentado várias outras.

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