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03/12/2002
-
03h29
Os homicídios e os acidentes no trânsito são os dois principais responsáveis pela taxa de mortalidade entre homens com idades de 15 a 24 anos. Juntos, representam até 80% das mortes, segundo Juarez de Castro Oliveira, 44, gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE.
Não se sabe ainda qual deles teve maior impacto na última década sobre a taxa, o que poderia ajudar a entender por que São Paulo passou do quarto lugar em 90 (64,47 mortes por 100 mil) para o primeiro em 2000 (85,63).
Uma análise mais aprofundada deve ser feita a partir do ano que vem pelo instituto. Para Oliveira, seria ""utopia" imaginar que se pode acabar com as mortes por causas externas, mas é preciso refletir sobre elas. ""Isso tem implicações sociais e econômicas."
Sociais porque os jovens mortos deixam filhos e viúvas, por exemplo. Econômicas porque morrem após receberem investimentos, como em educação, sem terem tempo de produzir para o país.
Números da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) sobre São Paulo mostram as agressões como a principal causa de mortes entre os homens jovens (15 a 24). Em 90, houve 3.570 vítimas de agressões intencionais -52,6% do total de mortes violentas-, contra 6.016 em 2000 (66%). No ano passado, esse dado caiu para 5.862 (66,2%).
Segundo a psicóloga social Nancy Cardia, coordenadora do Núcleo de Estudos da Violência da USP (Universidade de São Paulo), os homicídios são a principal causa de morte entre os jovens desde o final dos anos 80.
O retrato mostrado pelo estudo do IBGE seria ainda pior se fossem analisados isoladamente os bolsões de desigualdade, afirmou Cardia. Juntos, os indicadores favoráveis de determinados locais amenizam a taxa das áreas problemáticas.
Homicídios e acidentes elevam taxa de mortalidade entre homens
da Folha de S.PauloOs homicídios e os acidentes no trânsito são os dois principais responsáveis pela taxa de mortalidade entre homens com idades de 15 a 24 anos. Juntos, representam até 80% das mortes, segundo Juarez de Castro Oliveira, 44, gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE.
Não se sabe ainda qual deles teve maior impacto na última década sobre a taxa, o que poderia ajudar a entender por que São Paulo passou do quarto lugar em 90 (64,47 mortes por 100 mil) para o primeiro em 2000 (85,63).
Uma análise mais aprofundada deve ser feita a partir do ano que vem pelo instituto. Para Oliveira, seria ""utopia" imaginar que se pode acabar com as mortes por causas externas, mas é preciso refletir sobre elas. ""Isso tem implicações sociais e econômicas."
Sociais porque os jovens mortos deixam filhos e viúvas, por exemplo. Econômicas porque morrem após receberem investimentos, como em educação, sem terem tempo de produzir para o país.
Números da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) sobre São Paulo mostram as agressões como a principal causa de mortes entre os homens jovens (15 a 24). Em 90, houve 3.570 vítimas de agressões intencionais -52,6% do total de mortes violentas-, contra 6.016 em 2000 (66%). No ano passado, esse dado caiu para 5.862 (66,2%).
Segundo a psicóloga social Nancy Cardia, coordenadora do Núcleo de Estudos da Violência da USP (Universidade de São Paulo), os homicídios são a principal causa de morte entre os jovens desde o final dos anos 80.
O retrato mostrado pelo estudo do IBGE seria ainda pior se fossem analisados isoladamente os bolsões de desigualdade, afirmou Cardia. Juntos, os indicadores favoráveis de determinados locais amenizam a taxa das áreas problemáticas.
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