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02/08/2000
-
20h37
FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife
Cerca de 50 mil pessoas estão desabrigadas em Pernambuco em consequência da forte chuva que atinge a região litorânea do Estado desde domingo passado.
Segundo a Defesa Civil, 18 pessoas morreram _cinco somente nesta quarta-feira (2)_ afogadas ou soterradas em deslizamentos de encostas. Dos 34 municípios atingidos, 13 decretaram estado de emergência. Outros 16 estão em calamidade pública.
Quando esses estados (de calamidade e emergência) são decretados, o município fica autorizado a comprar remédios e materiais diversos sem licitação.
Cidades como Água Preta, na Zona da Mata sul, estão isoladas em razão do transbordamento dos rios que cortam os municípios. Cerca de 6.500 casas foram destruídas ou parcialmente danificadas nas regiões atingidas.
De acordo com o governo do Estado, 480 quilômetros de pistas em quatro rodovias federais foram afetados com a queda de barreiras ou apresentam problemas em razão de erosões.
O tráfego foi suspenso em duas rodovias federais: na BR-101, no km 190 (altura do município de Palmares, próximo à divisa entre Pernambuco e Alagoas) e na BR-104, no km 130, entre os municípios Cupira e Panelas. O motivo da interdição foi o rompimento das pistas.
Foram constatados problemas também em cem pontos de dez estradas estaduais.
O governo não sabe ainda o valor do prejuízo provocado pela chuva. Só em medicamentos, necessita de R$ 1,8 milhão. Outros R$ 100 mil seriam necessários para a aquisição de lonas plásticas.
Para atender os desabrigados, o Estado solicitou ao governo federal 60 mil cestas básicas e 50 mil cobertores. O pedido foi entregue ontem pelo governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB), ao presidente Fernando Henrique Cardoso.
FHC esteve em Recife para verificar a situação no Estado. Ele sobrevoou a região metropolitana em um helicóptero.
Para ajudar na assistência às vítimas das enchentes no Estado, o Ministério da Defesa autorizou a Força Aérea a utilizar dois helicópteros Esquilo.
Os aparelhos partiram às 6h30 para as cidades de Belém de Maria e Jaqueira com uma equipe médica e remédios para socorrer os desabrigados. Outra equipe da Aeronáutica seguiu à tarde para Rio Formoso.
O governador de Pernambuco disse que os prefeitos dos municípios atingidos se comprometeram a realizar, em cinco dias, um levantamento sobre os prejuízos provocados pela chuva.
"Ainda não dá para avaliar isso porque tem muita coisa submersa", afirmou. "Vamos esperar a chuva cessar e, enquanto isso, cuidar dos desabrigados."
Jarbas negou que a chuva já era esperada havia pelo menos três meses, segundo afirmou o meteorologista Marcos Barbosa Sanches, do CPTEC-Inpe. "É mentira, mentira de quem disse isso", afirmou o governador.
Hoje, a chuva foi mais intensa à tarde. Ruas alagaram novamente, e ocorreram grandes congestionamentos. As escolas públicas não funcionaram e estão servindo de abrigo provisório para os flagelados.
O Instituto Nacional de Meteorologia em Recife prevê a continuidade das chuvas amanhã. Segundo o chefe do setor de previsão do tempo, Ednaldo Correia de Araújo, o clima na área litorânea só deverá melhorar sexta-feira.
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Estado de calamidade por causa das chuvas atinge 16 cidades em PE
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da Agência Folha, em Recife
Cerca de 50 mil pessoas estão desabrigadas em Pernambuco em consequência da forte chuva que atinge a região litorânea do Estado desde domingo passado.
Segundo a Defesa Civil, 18 pessoas morreram _cinco somente nesta quarta-feira (2)_ afogadas ou soterradas em deslizamentos de encostas. Dos 34 municípios atingidos, 13 decretaram estado de emergência. Outros 16 estão em calamidade pública.
Quando esses estados (de calamidade e emergência) são decretados, o município fica autorizado a comprar remédios e materiais diversos sem licitação.
Cidades como Água Preta, na Zona da Mata sul, estão isoladas em razão do transbordamento dos rios que cortam os municípios. Cerca de 6.500 casas foram destruídas ou parcialmente danificadas nas regiões atingidas.
De acordo com o governo do Estado, 480 quilômetros de pistas em quatro rodovias federais foram afetados com a queda de barreiras ou apresentam problemas em razão de erosões.
O tráfego foi suspenso em duas rodovias federais: na BR-101, no km 190 (altura do município de Palmares, próximo à divisa entre Pernambuco e Alagoas) e na BR-104, no km 130, entre os municípios Cupira e Panelas. O motivo da interdição foi o rompimento das pistas.
Foram constatados problemas também em cem pontos de dez estradas estaduais.
O governo não sabe ainda o valor do prejuízo provocado pela chuva. Só em medicamentos, necessita de R$ 1,8 milhão. Outros R$ 100 mil seriam necessários para a aquisição de lonas plásticas.
Para atender os desabrigados, o Estado solicitou ao governo federal 60 mil cestas básicas e 50 mil cobertores. O pedido foi entregue ontem pelo governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB), ao presidente Fernando Henrique Cardoso.
FHC esteve em Recife para verificar a situação no Estado. Ele sobrevoou a região metropolitana em um helicóptero.
Para ajudar na assistência às vítimas das enchentes no Estado, o Ministério da Defesa autorizou a Força Aérea a utilizar dois helicópteros Esquilo.
Os aparelhos partiram às 6h30 para as cidades de Belém de Maria e Jaqueira com uma equipe médica e remédios para socorrer os desabrigados. Outra equipe da Aeronáutica seguiu à tarde para Rio Formoso.
O governador de Pernambuco disse que os prefeitos dos municípios atingidos se comprometeram a realizar, em cinco dias, um levantamento sobre os prejuízos provocados pela chuva.
"Ainda não dá para avaliar isso porque tem muita coisa submersa", afirmou. "Vamos esperar a chuva cessar e, enquanto isso, cuidar dos desabrigados."
Jarbas negou que a chuva já era esperada havia pelo menos três meses, segundo afirmou o meteorologista Marcos Barbosa Sanches, do CPTEC-Inpe. "É mentira, mentira de quem disse isso", afirmou o governador.
Hoje, a chuva foi mais intensa à tarde. Ruas alagaram novamente, e ocorreram grandes congestionamentos. As escolas públicas não funcionaram e estão servindo de abrigo provisório para os flagelados.
O Instituto Nacional de Meteorologia em Recife prevê a continuidade das chuvas amanhã. Segundo o chefe do setor de previsão do tempo, Ednaldo Correia de Araújo, o clima na área litorânea só deverá melhorar sexta-feira.
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