Publicidade
Publicidade
05/12/2002
-
03h20
da Folha de S.Paulo, no Rio
O prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), tombará uma casa de dois andares localizada na Rocinha (zona sul do Rio), favela onde moram 56 mil pessoas, de acordo com o Censo 2000 do IBGE. Construído na década de 20, o imóvel foi uma das primeiras habitações do morro.
O prédio abriga hoje um centro cultural, mas já serviu como armazém e como escola pública. A medida foi aprovada por moradores e arquitetos ouvidos pela Folha, mas é vista, por adversários, apenas como mais um factóide do prefeito.
Além de tombar uma casa numa favela, Maia, nas últimas duas semanas, disse que tomaria medidas para obrigar as redes de fast-food e fabricantes de refrigerantes a informar, nas embalagens, os malefícios dos produtos à saúde.
Ontem, Maia afirmou que quer discutir com a Secretaria Municipal de Cultura os critérios de inscrição no concurso para Rei Momo do Carnaval. Hoje, o concurso exige que os candidatos tenham um peso mínimo. Maia quer retirar essa exigência, alegando que ela estimula a obesidade.
O arquiteto, ex-prefeito do Rio e vice-governador eleito, Luiz Paulo Conde (PSB), vê o tombamento como um factóide. "A motivação é política. Seria melhor garantir recursos para que o centro funcionasse. O objetivo de tombar um imóvel é diminuir o risco de ele ser deteriorado, o que não é o caso. Ele fez isso para sair no jornal", disse Conde, que já foi aliado de Maia e hoje é seu adversário.
O presidente do IAB-RJ (Instituto dos Arquitetos do Brasil do Rio de Janeiro), Carlos Fernando de Andrade, afirma que o tombamento ajudará a preservar a história da favela. Ele afirma que o fato de a ocupação da Rocinha ter acontecido de modo ilegal, por meio de invasões, não interfere na decisão de tombar o prédio.
Para Maurício Fagundes Soca, 41, presidente do centro que funciona na casa, "há imóveis tombados por toda a cidade, por que não na favela?".
Cesar Maia afirma que vai tombar construção na favela da Rocinha
ANTÔNIO GOISda Folha de S.Paulo, no Rio
O prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), tombará uma casa de dois andares localizada na Rocinha (zona sul do Rio), favela onde moram 56 mil pessoas, de acordo com o Censo 2000 do IBGE. Construído na década de 20, o imóvel foi uma das primeiras habitações do morro.
O prédio abriga hoje um centro cultural, mas já serviu como armazém e como escola pública. A medida foi aprovada por moradores e arquitetos ouvidos pela Folha, mas é vista, por adversários, apenas como mais um factóide do prefeito.
Além de tombar uma casa numa favela, Maia, nas últimas duas semanas, disse que tomaria medidas para obrigar as redes de fast-food e fabricantes de refrigerantes a informar, nas embalagens, os malefícios dos produtos à saúde.
Ontem, Maia afirmou que quer discutir com a Secretaria Municipal de Cultura os critérios de inscrição no concurso para Rei Momo do Carnaval. Hoje, o concurso exige que os candidatos tenham um peso mínimo. Maia quer retirar essa exigência, alegando que ela estimula a obesidade.
O arquiteto, ex-prefeito do Rio e vice-governador eleito, Luiz Paulo Conde (PSB), vê o tombamento como um factóide. "A motivação é política. Seria melhor garantir recursos para que o centro funcionasse. O objetivo de tombar um imóvel é diminuir o risco de ele ser deteriorado, o que não é o caso. Ele fez isso para sair no jornal", disse Conde, que já foi aliado de Maia e hoje é seu adversário.
O presidente do IAB-RJ (Instituto dos Arquitetos do Brasil do Rio de Janeiro), Carlos Fernando de Andrade, afirma que o tombamento ajudará a preservar a história da favela. Ele afirma que o fato de a ocupação da Rocinha ter acontecido de modo ilegal, por meio de invasões, não interfere na decisão de tombar o prédio.
Para Maurício Fagundes Soca, 41, presidente do centro que funciona na casa, "há imóveis tombados por toda a cidade, por que não na favela?".
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice