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28/10/2009 - 14h31

Polícia divulga retrato falado de 2º suspeito de matar integrante do AfroReggae no Rio

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da Folha Online

A Polícia Civil do Rio divulgou nesta quarta-feira o retrato falado do segundo suspeito de envolvimento no assalto que resultou na morte de Evandro João da Silva, coordenador social do AfroReggae, no último dia 18. Segundo a polícia, a imagem foi confeccionada com base em informações passadas por Rui Mário Maurício Macedo, 34, o Romarinho, preso na noite de segunda (26) sob acusação de participar do crime.

Divulgação
Polícia divulga retrato falado de suspeito matar coordenador do AfroReggae
Polícia divulga retrato falado de suspeito matar coordenador do AfroReggae

Em depoimento, Romarinho negou que tenha sido o autor do tiro contra Silva. De acordo com a polícia, ele disse que trabalha como catador de papel no centro do Rio e que conheceu o assassino há dois meses, jogando futebol no aterro do Flamengo. No dia do crime, ele afirmou ter encontrado o homem, conhecido como Renge, horas antes do assalto.

O crime aconteceu na região central do Rio, quando o coordenador do AfroReggae seguia para uma casa noturna. Segundo as declarações do preso, após pedirem para Silva entregar o tênis e o casaco, a vítima reagiu; Silva ficou caído, e Renge disparou. Quando estavam fugindo, foram abordados por dois policiais militares, que perguntaram se haviam escutado um tiro. Ambos negaram e foram liberados após os PMs levarem o tênis e o casaco para dentro de um carro.

Divulgação
Evandro João da Silva, coordenador social do AfroReggae, assassinado no Rio
Evandro João da Silva, coordenador social do AfroReggae, assassinado no Rio

Conforme a descrição, o outro envolvido no crime é branco, mede cerca de 1,80 m, tem entre 39 e 45 anos e é magro.

Crise

A morte do coordenador do AfroReggae gerou uma crise na PM do Rio, após um capitão e um cabo da corporação serem flagrados por câmeras de segurança liberando os dois assaltantes. Eles foram acusados ainda de negar socorro à vítima e acabaram presos na semana passada. Os dois negam omissão de socorro.

Na última sexta-feira (23), a Justiça Militar decretou a prisão preventiva dos dois policias, e o capitão Denis Leonard Nogueira Bizarro e o cabo Marcos de Oliveira Salles foram encaminhados ao BEP (Batalhão Especial Prisional), em Benfica.

Em entrevista ao lado do comandante geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, o coordenador executivo do AfroReggae, José Júnior, se referiu aos policiais como "marginais criminosos fardados", constrangendo o comando da corporação.

As declarações desagradaram o comandante-geral da PM, que disse que se sentiu "ofendido" e afirmou ainda que o coordenador deve se desculpar pelo que disse.

Logo depois, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), classificou de "bandidos ao quadrado" os policiais militares suspeitos de envolvimento no caso.

Exoneração

Na semana passada, o governador do Rio mandou exonerar do cargo o porta-voz da Polícia Militar, major Oderlei Santos, devido às declarações dadas por ele sobre o caso. Ele havia dito que houve "apenas desvio de conduta". Para o governador, Santos agiu como "advogado dos policiais".

Sobre a exoneração, o comandante geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, negou ter havido minimização nas declarações. "Não houve minimização, o que tivemos ali [na atitude os policiais] foi desvio de conduta ou grave desvio de conduta. A mensagem não pode ser ambígua, deve ser clara e concisa."

Silva foi morto na esquina das ruas do Ouvidor e do Carmo, na região central da cidade, quando seguia para uma casa noturna, na madrugada de domingo (18).

 

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