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12/12/2002 - 09h41

Juiz avalia hipótese de crime encomendado para caso Toninho

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da Folha Campinas

Pelo menos seis das 22 testemunhas convocadas pelo juiz José Henrique Rodrigues Torres para depor hoje no Fórum de Campinas (95 km de SP) sobre a morte do prefeito Antonio Costa Santos, o Toninho do PT, reforçam a tese de que criminosos haviam planejado assassinar o petista _o crime ocorreu em 10 de setembro do ano passado.

O depoimento delas contraria a tese de crime banal defendida pelo Ministério Público e pela Polícia Civil, em que o bando do sequestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, teria assassinado o prefeito por ele ter atrapalhado uma fuga.

As seis testemunhas já foram ouvidas durante a fase de inquérito, mas tiveram suas declarações consideradas "inconsistentes" pela polícia e o Ministério Público.

"Esses depoimentos não ofereciam elementos para um avanço na investigação", disse o promotor Ricardo Silvares.

O defensor público de Andinho, Sílvio Artur Dias da Silva, discorda do promotor. "Acho que amanhã [hoje] o caso começará a mudar de rumo. Falo isso porque conheço os depoimentos e sei o que será falado", declarou. Andinho nega ter participado do crime.

A tese de crime premeditado foi reforçada recentemente pelo preso José Márcio Felício, o Geleião, ex-líder do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Em depoimento ao Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), Geleião disse ter ouvido de Andinho que ele teria mandado matar Toninho para não ter seu esquema de lavagem de dinheiro, montado no transporte alternativo de Campinas, prejudicado pelo prefeito.

Testemunhas
Entre os depoentes ignorados na fase de inquérito que devem falar hoje sobre crime encomendado estão dois moradores de rua que disseram ter visto um Vectra ocupado por duas pessoas parar na avenida Mackenzie para esperar a passagem de Toninho.

Uma das pessoas, usando bermuda e gorro, teria ficado atrás de uma placa até o Pálio ocupado pelo prefeito se aproximar para então atirar. Depois, teria ido ao veículo, saído com uma prancheta e voltado para o Vectra.

Outra testemunha, um motorista, também disse que viu uma pessoa olhando o carro de Toninho e entrando em um carro após o crime. Os demais depoentes que indicam premeditação são dois homens _um detento e um garçom_ que dizem ter ouvido pessoas tramando o crime.

Também deve depor uma mulher que teve o carro roubado por pessoas que disseram que iriam matar Toninho. O fato teria ocorrido três dias antes do crime.

Entre os 22 convocados estão ainda vítimas do bando de Andinho, um vigia que ouviu tiros na noite do crime e motoristas que viram um Vectra se encaminhar para a Mackenzie. Será a segunda audiência pública do processo.
 

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