Publicidade
Publicidade
14/12/2002
-
14h25
da Folha Ribeirão
As rondas em postos de saúde, escolas e em bairros periféricos de Ribeirão Preto (314 km de SP) foram suspensas pela Guarda Civil Municipal em razão de os portes de arma da corporação estarem vencidos por problemas burocráticos.
O armamento dos 135 homens e mulheres foi recolhido na noite de anteontem por determinação da administração municipal. Os guardas foram retirados das "áreas de risco" e colocados no quadrilátero central, Parque Curupira e Bosque Municipal. O efetivo da GCM é de 212 pessoas.
A decisão foi tomada após a reportagem da Folha questionar a administração e as polícias Civil e Militar sobre o uso dos revólveres sem o porte.
O documento _obrigatório por lei_ está vencido há pelo menos três meses.
Na manhã de ontem, os guardas protestaram diante da sede da corporação pedindo a devolução das armas, para retomar o policiamento. Eles querem a exoneração do superintendente da Guarda, Carlos Adelmar Ferreira.
A Folha apurou que Ferreira deve mesmo sair, já que o episódio deixou a cúpula da prefeitura irritada. A queda não deve ocorrer de imediato.
O prefeito de Ribeirão Preto, Gilberto Maggioni (PM N), e o secretário do Governo, Newton Mendes Garcia, afirmaram que a saída do superintendente não está em discussão e provavelmente não deverá ocorrer.
De acordo com a Polícia Civil, responsável pela emissão do porte, as autorizações não foram renovadas porque a administração da guarda não apresentou todos os documentos necessários.
A prefeitura informou ontem que estava providenciando a última exigência, que era a autenticação das carteiras de identidade dos guardas. Até o fim da tarde, os papéis não haviam sido entregues à Polícia Civil, segundo Oliveira.
O comando do Polícia Militar informou ontem que nenhum esquema especial foi montado em razão da paralisação da guarda.
O superintendente da Guarda foi procurado pela Folha por dois dias seguidos para comentar o assunto, mas não foi localizado.
Disputa
O impasse para a emissão de um novo porte de arma aos guardas é visto pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão como o resultado de uma disputa entre as polícias Civil e Militar pelo comando da corporação.
"Pelo que estão dizendo, a Polícia Civil quer o comando da Guarda. Querem colocar um delegado como superintendente. Eles ficam nessa briga e quem sofre é o trabalhador", disse o diretor do sindicato e membro da Guarda, Alexandre Pastova.
O superintendente da GCM é o coronel da reserva da Polícia Militar Carlos Adelmar Ferreira, que assumiu o cargo em 2001.
O delegado seccional de Ribeirão, José Manoel de Oliveira, disse que considera "um absurdo" as afirmações do servidor. O prefeito Gilberto Maggioni e o secretário de Governo, Newton Mendes Garcia, negaram que haja interesse em substituir Ferreira.
Sem porte de arma, Guarda pára ronda no interior de São Paulo
ROGÉRIO PAGNANda Folha Ribeirão
As rondas em postos de saúde, escolas e em bairros periféricos de Ribeirão Preto (314 km de SP) foram suspensas pela Guarda Civil Municipal em razão de os portes de arma da corporação estarem vencidos por problemas burocráticos.
O armamento dos 135 homens e mulheres foi recolhido na noite de anteontem por determinação da administração municipal. Os guardas foram retirados das "áreas de risco" e colocados no quadrilátero central, Parque Curupira e Bosque Municipal. O efetivo da GCM é de 212 pessoas.
A decisão foi tomada após a reportagem da Folha questionar a administração e as polícias Civil e Militar sobre o uso dos revólveres sem o porte.
O documento _obrigatório por lei_ está vencido há pelo menos três meses.
Na manhã de ontem, os guardas protestaram diante da sede da corporação pedindo a devolução das armas, para retomar o policiamento. Eles querem a exoneração do superintendente da Guarda, Carlos Adelmar Ferreira.
A Folha apurou que Ferreira deve mesmo sair, já que o episódio deixou a cúpula da prefeitura irritada. A queda não deve ocorrer de imediato.
O prefeito de Ribeirão Preto, Gilberto Maggioni (PM N), e o secretário do Governo, Newton Mendes Garcia, afirmaram que a saída do superintendente não está em discussão e provavelmente não deverá ocorrer.
De acordo com a Polícia Civil, responsável pela emissão do porte, as autorizações não foram renovadas porque a administração da guarda não apresentou todos os documentos necessários.
A prefeitura informou ontem que estava providenciando a última exigência, que era a autenticação das carteiras de identidade dos guardas. Até o fim da tarde, os papéis não haviam sido entregues à Polícia Civil, segundo Oliveira.
O comando do Polícia Militar informou ontem que nenhum esquema especial foi montado em razão da paralisação da guarda.
O superintendente da Guarda foi procurado pela Folha por dois dias seguidos para comentar o assunto, mas não foi localizado.
Disputa
O impasse para a emissão de um novo porte de arma aos guardas é visto pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão como o resultado de uma disputa entre as polícias Civil e Militar pelo comando da corporação.
"Pelo que estão dizendo, a Polícia Civil quer o comando da Guarda. Querem colocar um delegado como superintendente. Eles ficam nessa briga e quem sofre é o trabalhador", disse o diretor do sindicato e membro da Guarda, Alexandre Pastova.
O superintendente da GCM é o coronel da reserva da Polícia Militar Carlos Adelmar Ferreira, que assumiu o cargo em 2001.
O delegado seccional de Ribeirão, José Manoel de Oliveira, disse que considera "um absurdo" as afirmações do servidor. O prefeito Gilberto Maggioni e o secretário de Governo, Newton Mendes Garcia, negaram que haja interesse em substituir Ferreira.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice