Publicidade
Publicidade
Por segurança, Indaiatuba (SP) proíbe criança de soltar pipa nas ruas
Publicidade
LUIZA BANDEIRA
da Agência Folha
A brincadeira exige pouco: basta a pipa, linha e vento para colocar o papagaio no ar. Mas desde esta sexta-feira, em Indaiatuba (102 km de São Paulo), a atividade requer também um local adequado para ser praticada.
Entrou em vigor uma lei municipal que proíbe pipas e papagaios em vias e locais públicos. A atividade fica permitida só no Parque Ecológico, campos esportivos, clubes e na área rural. O prefeito Reinaldo Nogueira (PDT) diz que o objetivo é evitar acidentes com linhas, fios da rede elétrica e proteger as próprias crianças.
Marcelo Justo-14.ago.2009/Folha Imagem |
Menino solta pipa em laje de casa na cidade de São Paulo; Indaiatuba proíbe brincadeira |
Quem descumprir a lei fica sujeito a pagamento de multa de quase R$ 80 por conjunto apreendido. O valor aumenta se houver uso de cerol (mistura de cola de madeira e vidro moído nas linhas). Se o infrator tiver menos de 18 anos, quem paga são os pais ou responsáveis. Fica proibida também a venda e estoque de cerol.
O autor da lei, vereador Osmar Bastos (PDT), diz que a proposta foi sugerida por famílias da cidade, de 173 mil habitantes. Para ele, não bastaria proibir só o cerol. "É impossível para os guardas pedir para todos baixarem as pipas para saber se a linha está com cerol ou não", diz.
Já o vereador Carlos Alberto Lopes (PT), único a votar contra a proposta, diz que a fiscalização é inviável.
"É quase uma piada pedir que guardas e policiais deixem de combater a criminalidade para impedir alguém de soltar pipa", diz. Para ele, a lei "pune inocentes" e vai acabar com a brincadeira. O prefeito diz que não haverá problemas na fiscalização.
A medida não é inédita no Estado. Em Birigui (518 km de SP), uma lei proíbe pipas na área urbana desde 1997.
Para a administradora Andrea Barros, 43, mãe de Caio, 6, que "adora soltar pipa", a medida deveria restringir apenas o uso de cerol. "Meu filho ainda tem outras atividades, mas assim eles vão tirar a diversão dos pobres", diz, em referência ao baixo custo da brincadeira.
Colaborou MAURÍCIO SIMIONATO, da Agência Folha
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice