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06/11/2009 - 21h21

Por segurança, Indaiatuba (SP) proíbe criança de soltar pipa nas ruas

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LUIZA BANDEIRA
da Agência Folha

A brincadeira exige pouco: basta a pipa, linha e vento para colocar o papagaio no ar. Mas desde esta sexta-feira, em Indaiatuba (102 km de São Paulo), a atividade requer também um local adequado para ser praticada.

Entrou em vigor uma lei municipal que proíbe pipas e papagaios em vias e locais públicos. A atividade fica permitida só no Parque Ecológico, campos esportivos, clubes e na área rural. O prefeito Reinaldo Nogueira (PDT) diz que o objetivo é evitar acidentes com linhas, fios da rede elétrica e proteger as próprias crianças.

Marcelo Justo-14.ago.2009/Folha Imagem
Menino solta pipa em laje de casa na cidade de São Paulo; Indaiatuba proíbe brincadeira
Menino solta pipa em laje de casa na cidade de São Paulo; Indaiatuba proíbe brincadeira

Quem descumprir a lei fica sujeito a pagamento de multa de quase R$ 80 por conjunto apreendido. O valor aumenta se houver uso de cerol (mistura de cola de madeira e vidro moído nas linhas). Se o infrator tiver menos de 18 anos, quem paga são os pais ou responsáveis. Fica proibida também a venda e estoque de cerol.

O autor da lei, vereador Osmar Bastos (PDT), diz que a proposta foi sugerida por famílias da cidade, de 173 mil habitantes. Para ele, não bastaria proibir só o cerol. "É impossível para os guardas pedir para todos baixarem as pipas para saber se a linha está com cerol ou não", diz.

Já o vereador Carlos Alberto Lopes (PT), único a votar contra a proposta, diz que a fiscalização é inviável.

"É quase uma piada pedir que guardas e policiais deixem de combater a criminalidade para impedir alguém de soltar pipa", diz. Para ele, a lei "pune inocentes" e vai acabar com a brincadeira. O prefeito diz que não haverá problemas na fiscalização.

A medida não é inédita no Estado. Em Birigui (518 km de SP), uma lei proíbe pipas na área urbana desde 1997.

Para a administradora Andrea Barros, 43, mãe de Caio, 6, que "adora soltar pipa", a medida deveria restringir apenas o uso de cerol. "Meu filho ainda tem outras atividades, mas assim eles vão tirar a diversão dos pobres", diz, em referência ao baixo custo da brincadeira.

Colaborou MAURÍCIO SIMIONATO, da Agência Folha

 

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