Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
17/12/2002 - 09h48

Relator sugere que Havanir renuncie ao mandato de vereadora

SILVIO NAVARRO
da Folha Online

O vereador Milton Leite (PMDB), relator da comissão de sindicância que apura a suposta venda de legenda do Prona pela vereadora Havanir Nimtz, sugeriu hoje que ela renuncie ao seu mandato antes da publicação do relatório.

Leite, que é presidente estadual do PMDB e líder da bancada do partido na Câmara Municipal, afirmou que o relatório elaborado por ele registra que "há indícios de quebra de decoro parlamentar de Havanir", conforme o Ministério Público havia requerido investigação.

"Na conta do partido os cheques não foram parar, foram para a conta pessoal dela. Se depois ela ressarciu o partido ou não, já é indício de quebra de decoro", afirmou Leite durante entrevista à rádio CBN. "Mas se ela deixar de ser vereadora vai impedir a publicação do meu relatório."

A vereadora deixará a Casa para assumir novo mandato de deputada estadual, eleita com votação recorde de mais de 680 mil votos. Na Assembléia Legislativa, Havanir poderá enfrentar nova investigação no próximo ano.

Milton Leite apresentará hoje seu relatório aos outros oito vereadores que compõem a comissão de sindicância pedindo a instalação de uma comissão processante, que poderia resultar na cassação do mandato de Havanir.

A comissão processante teria 90 dias interruptos para julgar o caso a partir da aprovação do relatório. Mas segundo a Folha Online apurou, dificilmente isso deverá ocorrer. A comissão está dividida em dois grupos e a maioria (6 a 3) é favorável à absolvição de Havanir.

A vereadora do Prona teria negociado sua remissão em troca de faltar à eleição para a presidência da Casa, no último domingo. Ausente, ela deixou de votar no candidato do PL Antonio Carlos Rodrigues e contribuiu para a vitória do governista Arselino Tatto (PT).

O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) abriu inquérito judicial contra o Prona, que também enfrenta cassações da Justiça Eleitoral por fraude de domicílio. A Procuradoria Regional Eleitoral solicitou, inclusive, quebra de sigilo bancário de integrantes do partido, pedido que ainda não foi deferido pelo corregedor que encaminha o caso.

A Folha Online procurou Havanir, mas desde que depôs à sindicância ela se recusa a falar sobre o assunto. Na semana passada, ela declarou que o dinheiro adquirido com a venda de cartilhas do Prona "eventualmente" pode ter sido depositado em sua conta bancária.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página