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19/12/2002 - 09h37

Empresa municipal sugere tarifa de ônibus de R$ 1,61 em Campinas

da Folha Campinas

A Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) informou ontem que o aumento ideal da tarifa de ônibus deve ser de 23,8%, o que elevaria o preço pago na catraca de R$ 1,30 para R$ 1,61.

A proposta para manutenção de operação do serviço resulta de um estudo técnico.

Segundo João Eugênio Gonçalo, chefe de gabinete da Emdec e assessor direto do secretário de Transportes, Marcos Bicalho, o valor será apresentado até o início da manhã de hoje para a prefeita Izalene Tiene (PT).

Gonçalo informou que caberá à prefeita definir se o reajuste da tarifa será feito de acordo com o valor fixado pelo estudo técnico. Izalene disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que só se manifestará sobre o assunto quando receber a planilha.

"O valor de R$ 1,61 é o que temos, com base nos dados da planilha de custos. É claro que esse um centavo fica praticamente inviável para o pagamento e deve ser arredondado. Mas isso quem decide é a prefeita", afirmou.

O reajuste de 23,8% sugerido pela Emdec é R$ 0,26 menor que o pretendido pela Transurc (Associação das Permissionárias do Transporte Coletivo Urbano de Campinas).

De acordo com os empresários, a tarifa nos ônibus deveria ser de R$ 1,87, para que os atuais gastos que eles têm com a operação do sistema sejam cobertos.

A Transurc informou ontem que não foi notificada oficialmente do estudo que indica um preço de R$ 1,61 para a passagem nos ônibus. Os empresários também afirmam que o valor revelado pelo estudo da Emdec não sana os prejuízos que eles estão enfrentando.

Ontem pela manhã, os empresários se reuniram pela segunda vez na semana com Bicalho para tentar chegar a um acordo em relação à nova tarifa. O encontro teria terminado sem acordo referente a um valor, segundo informou a Transurc.

Ainda de acordo com a entidade, a única convergência teria sido na aceitação das empresas em cumprir duas exigências que eram feitas pela prefeitura para concessão do reajuste: renovação mínima de frota e realização de cursos de capacitação para motoristas e cobradores.

Outra contrapartida das empresas que é exigida pela prefeitura é o recolhimento de ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza).

A Transurc, no entanto, sustenta que só terá condição de recolher o imposto se puder cobrar uma tarifa "satisfatória".

Ainda nesta semana, segundo Gonçalo, deve ocorrer uma nova reunião entre empresários e prefeitura para a discussão dos custos de operação do transporte público e da nova tarifa.

Ontem, após a reunião entre o secretário de Transportes e representantes da Transurc, ocorreu uma discussão sobre a nova tarifa também com perueiros do serviço seletivo.

O encontro foi feito entre representantes da Emdec e do Sinpetrac (Sindicato dos Permissionários do Transporte Alternativo de Campinas), sem o secretário.

Bicalho informou que teve de deixar a prefeitura ontem, no período em que ocorreu a reunião, devido a problemas pessoais. Ele também não deu declarações sobre o valor ideal de tarifa.

A conversa com os perueiros foi feita para informar a necessidade de aumento da tarifa também nos seletivos. "O sistema prevê que os seletivos cobrem tarifa maior que os ônibus. E isso não vai mudar", disse Gonçalo.
 

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