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23/12/2002
-
18h15
da Folha Online
A Polícia Federal do Rio enviou hoje para o Ministério Público o inquérito que apura a morte do auxiliar de cozinha Antônio Gonçalves de Abreu, espancado na Superintendência da corporação. Onze pessoas são apontadas como responsáveis, embora o relatório final não identifique, diretamente, os autores da tortura.
Abreu, Samuel Dias Cerqueira e Márcio Gomes foram presos em 7 de setembro sob a acusação de terem assassinado o agente federal Gustavo Mayer Moreira. Abreu morreu no dia seguinte, no Hospital Souza Aguiar, vítima de traumatismo craniano em consequência dos espancamentos.
O inquérito concluiu a tortura ao preso Samuel Dias Cerqueira, que reconheceu quatro dos responsabilizados. No caso do cozinheiro, não há testemunhas.
A PF diz que encontrou dificuldades para reunir provas e apontar, no inquérito aberto para apurar as acusações, os autores do espancamento.
Foram responsabilizados, de acordo com a Polícia Federal, dois delegados (que responderão por omissão), dois escrivães, seis agentes de polícia e um agente administrativo.
Em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Tortura da Câmara dos Deputados, em novembro, os presos Cerqueira e Gomes afirmaram ter sido torturados por policiais federais.
Na ocasião, Cerqueira disse, segundo o deputado Elenildo Ribeiro (PSDB-AL), que começou a ser agredido por policiais federais ainda no Hospital Souza Aguiar, onde era atendido depois de ter sido baleado no ombro pelo policial federal, que acabou morto.
Afirmaram ainda que não viram Abreu ser torturado, mas que perceberam quando o cozinheiro, desacordado, foi carregado em uma maca.
O espancamento teria ocorrido para vingar a morte do policial.
O Ministério Público deverá analisar o inquérito e oferecer ou não denúncia contra as 11 pessoas apontadas no caso para abertura de processo ou recomendar seu arquivamento.
Com Folha de S.Paulo
PF conclui inquérito sobre morte de preso por espancamento no Rio
LÍVIA MARRAda Folha Online
A Polícia Federal do Rio enviou hoje para o Ministério Público o inquérito que apura a morte do auxiliar de cozinha Antônio Gonçalves de Abreu, espancado na Superintendência da corporação. Onze pessoas são apontadas como responsáveis, embora o relatório final não identifique, diretamente, os autores da tortura.
Abreu, Samuel Dias Cerqueira e Márcio Gomes foram presos em 7 de setembro sob a acusação de terem assassinado o agente federal Gustavo Mayer Moreira. Abreu morreu no dia seguinte, no Hospital Souza Aguiar, vítima de traumatismo craniano em consequência dos espancamentos.
O inquérito concluiu a tortura ao preso Samuel Dias Cerqueira, que reconheceu quatro dos responsabilizados. No caso do cozinheiro, não há testemunhas.
A PF diz que encontrou dificuldades para reunir provas e apontar, no inquérito aberto para apurar as acusações, os autores do espancamento.
Foram responsabilizados, de acordo com a Polícia Federal, dois delegados (que responderão por omissão), dois escrivães, seis agentes de polícia e um agente administrativo.
Em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Tortura da Câmara dos Deputados, em novembro, os presos Cerqueira e Gomes afirmaram ter sido torturados por policiais federais.
Na ocasião, Cerqueira disse, segundo o deputado Elenildo Ribeiro (PSDB-AL), que começou a ser agredido por policiais federais ainda no Hospital Souza Aguiar, onde era atendido depois de ter sido baleado no ombro pelo policial federal, que acabou morto.
Afirmaram ainda que não viram Abreu ser torturado, mas que perceberam quando o cozinheiro, desacordado, foi carregado em uma maca.
O espancamento teria ocorrido para vingar a morte do policial.
O Ministério Público deverá analisar o inquérito e oferecer ou não denúncia contra as 11 pessoas apontadas no caso para abertura de processo ou recomendar seu arquivamento.
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