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26/12/2002
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14h28
As tarifas do transporte coletivo de Campinas (95 km de SP) ficam mais caras a partir de hoje, por determinação da prefeitura. Nos ônibus, o valor da passagem passa de R$ 1,30 para R$ 1,60 _aumento de 23%_ e nas peruas seletivas de R$ 1,50 para R$ 1,75.
No caso das peruas, o valor de R$ 1,75 será temporário até o próximo dia 9 de março, quando aumentará para R$ 1,80. A concessão foi feita para evitar uma evasão de passageiros do serviço no início do ano, que é considerado de menor demanda, devido, sobretudo, às férias escolares.
O decreto da prefeita Izalene Tiene (PT) que autorizou os aumentos foi publicado ontem no "Diário Oficial" do município.
Segundo o secretário de Transportes Marcos Pimentel Bicalho, os reajustes eram necessários para minimizar o impacto causado pelos recentes aumentos do custo do diesel na operação do setor, que teriam demorado para serem repassados.
Ele afirmou que a administração escolheu adotar a medida nesta semana, um dia após o Natal, para não prejudicar "ainda mais" o usuário do sistema.
"O governo decidiu não fazer o reajuste no período do Natal, pois isso traria um impacto muito grande à população", disse.
O aumento das tarifas acontece após cerca de um mês de negociações entre os empresários de ônibus e a prefeitura.
Na semana passada, Bicalho iniciou uma negociação também com os perueiros, já que, pela política de transportes adotada pela prefeitura, o valor das passagens nas vans tem de ser necessariamente maior que a dos ônibus.
"Essa diferenciação tarifária é condição essencial do sistema, pois peruas e ônibus não podem ser concorrentes. Se essa concorrência fosse mantida, uma hora haveria uma saturação e um dos serviços teria de ser eliminado", afirmou o secretário.
Apesar das negociações, porém, os reajustes feitos pela prefeitura desagradaram tanto os empresários como os perueiros.
De acordo com a Transurc (Associação das Empresas do Transporte Coletivo Urbano de Campinas), a reivindicação das cinco empresas permissionárias que atuam na cidade era de tarifa a R$ 1,87 nos ônibus.
A entidade considerou que a nova de tarifa a R$ 1,60 não cobrirá os custos que as empresas têm com a manutenção do sistema e irá obrigar a prefeitura a realizar novos reajustes no próximo ano.
Já os perueiros brigaram com a prefeitura para não ter de subir a tarifa nas vans, argumentando que o valor mais alto que o cobrado nos ônibus estaria afastando passageiros do serviço.
"O ideal para nós seria que as tarifas baixassem", disse o perueiro Manelico da Silva, um dos diretores do Sinpetrac (Sindicato dos Permissionários do Transporte Alternativo de Campinas).
O reajuste só foi aceito pelo sindicato após a concessão da tarifa temporária a R$ 1,75 até março do próximo ano.
Tarifa do transporte coletivo aumenta em Campinas
da Folha CampinasAs tarifas do transporte coletivo de Campinas (95 km de SP) ficam mais caras a partir de hoje, por determinação da prefeitura. Nos ônibus, o valor da passagem passa de R$ 1,30 para R$ 1,60 _aumento de 23%_ e nas peruas seletivas de R$ 1,50 para R$ 1,75.
No caso das peruas, o valor de R$ 1,75 será temporário até o próximo dia 9 de março, quando aumentará para R$ 1,80. A concessão foi feita para evitar uma evasão de passageiros do serviço no início do ano, que é considerado de menor demanda, devido, sobretudo, às férias escolares.
O decreto da prefeita Izalene Tiene (PT) que autorizou os aumentos foi publicado ontem no "Diário Oficial" do município.
Segundo o secretário de Transportes Marcos Pimentel Bicalho, os reajustes eram necessários para minimizar o impacto causado pelos recentes aumentos do custo do diesel na operação do setor, que teriam demorado para serem repassados.
Ele afirmou que a administração escolheu adotar a medida nesta semana, um dia após o Natal, para não prejudicar "ainda mais" o usuário do sistema.
"O governo decidiu não fazer o reajuste no período do Natal, pois isso traria um impacto muito grande à população", disse.
O aumento das tarifas acontece após cerca de um mês de negociações entre os empresários de ônibus e a prefeitura.
Na semana passada, Bicalho iniciou uma negociação também com os perueiros, já que, pela política de transportes adotada pela prefeitura, o valor das passagens nas vans tem de ser necessariamente maior que a dos ônibus.
"Essa diferenciação tarifária é condição essencial do sistema, pois peruas e ônibus não podem ser concorrentes. Se essa concorrência fosse mantida, uma hora haveria uma saturação e um dos serviços teria de ser eliminado", afirmou o secretário.
Apesar das negociações, porém, os reajustes feitos pela prefeitura desagradaram tanto os empresários como os perueiros.
De acordo com a Transurc (Associação das Empresas do Transporte Coletivo Urbano de Campinas), a reivindicação das cinco empresas permissionárias que atuam na cidade era de tarifa a R$ 1,87 nos ônibus.
A entidade considerou que a nova de tarifa a R$ 1,60 não cobrirá os custos que as empresas têm com a manutenção do sistema e irá obrigar a prefeitura a realizar novos reajustes no próximo ano.
Já os perueiros brigaram com a prefeitura para não ter de subir a tarifa nas vans, argumentando que o valor mais alto que o cobrado nos ônibus estaria afastando passageiros do serviço.
"O ideal para nós seria que as tarifas baixassem", disse o perueiro Manelico da Silva, um dos diretores do Sinpetrac (Sindicato dos Permissionários do Transporte Alternativo de Campinas).
O reajuste só foi aceito pelo sindicato após a concessão da tarifa temporária a R$ 1,75 até março do próximo ano.
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