Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
20/11/2009 - 22h15

Chuvas causam 8 mortes no Sul; duas pessoas estão desaparecidas no Paraná

Publicidade

da Agência Folha

O número de mortes causadas pela chuva chega a oito nos Estados do Sul --sete no Rio Grande do Sul e um em Santa Catarina. No Paraná, outras duas pessoas permanecem desaparecidas.

Até o começo da noite desta sexta-feira, cerca de 190 mil imóveis ainda estavam sem energia elétrica na região. No Rio Grande do Sul, 22 mil pessoas tiveram que deixar suas casas devido aos temporais. Neste mês, 22 cidades do Estado já decretaram situação de emergência. A Defesa Civil estadual estima danos em mais de 11 mil edificações em 38 cidades.

Um dos municípios mais atingidos é Dom Pedrito (439 km de Porto Alegre), onde o rio Santa Maria subiu sete metros acima do nível e obrigou mais de 2.000 pessoas a deixar suas casas, segundo a Defesa Civil.

Meteorologistas afirmam que a maioria dos municípios do Estado já recebeu entre 200 e 400 mm de chuvas no mês, enquanto a média histórica para novembro oscila entre 85 e 150 mm.

No sul do Estado, a medição alcançou 351 mm, quatro vezes o volume esperado para o mês.

A causa de tanta chuva é uma combinação do fenômeno El Niño (aquecimento das águas do oceano Pacífico) com o encontro de frentes frias vindas da Patagônia e massas de ar tropical vindas da Amazônia.

Segundo a MetSul, empresa de meteorologia, a última vez que houve temporais tão frequentes no Estado foi em 1997 e 1998. A previsão indica que a chuva continua no fim de semana.

Na quinta-feira, ventos de até 130 km/h provocaram destruição pelo Estado, incluindo o desabamento de parte de uma escola em Cidreira, no litoral. Ficaram feridos 30 alunos.

A chuva e o vento ontem atrasaram o conserto de redes de transmissão de energia e a reposição de cerca de pelo menos mil postes derrubados.

Mortes

Em Candelária (184 km de Porto Alegre), Jéssica Sinara Tavares, 19, morreu atingida por um raio por volta das 12h desta sexta. O marido dela sofreu queimaduras pelo corpo.

No litoral do Estado, morreu Vitor Hugo Silvestre, 45, vítima do desabamento de sua casa em Cidreira. A morte ocorreu na noite de quinta, mas só ontem foi confirmada pelo hospital.

Em Santa Catarina, na cidade de Tubarão (144 km de Florianópolis), Albertina Suete Escremin, 56, morreu ontem após ser atingida por uma árvore. Pelo Estado, cerca de 1.200 pessoas foram obrigadas a deixar suas casas.

Em Curitiba, o rio Mossunguê transbordou e arrastou uma ponte e três carros. Num dos automóveis estava um casal, que é considerado desaparecido pelo Corpo de Bombeiros local.

Na cidade, choveu na noite de quinta-feira o equivalente a metade do total esperado para novembro. O dia foi considerado o mais quente do ano no município, com temperatura média de 33,7ºC.

Os alagamentos em Curitiba geraram protestos de moradores, que bloquearam ruas para pedir obras contra enchentes. A prefeitura anunciou ontem a liberação emergencial de R$ 750 mil.

Com GRACILIANO ROCHA, DIMITRI DO VALLE e RENATA BAPTISTA, da Agência Folha

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página