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28/12/2002 - 05h41

Florianópolis atrai problemas e investimentos

JAIRO MARQUES
da Agência Folha

Florianópolis já viveu os benefícios de ostentar um dos melhores índices de desenvolvimento humano do Brasil como a atração de investimentos e intensificação no turismo. Agora, porém, começa a pagar o ônus pela conquista.

Problemas como trânsito desordenado, crescimento da periferia, falta de empregos e salto na criminalidade passaram a ser realidade na cidade.

A capital catarinense investiu na melhoria das condições de saúde da criança e hoje é a única a ter só um dígito na mortalidade infantil [8,8 por mil nascidos vivos]. Tem equipes de agentes de saúde suficientes para cobrir todas as famílias e dá remédios aos idosos.

Esses fatores, aliados a índices positivos de acesso à educação e à distribuição de renda [a per capita, pelo levantamento do Pnud, é de R$ 701], fazem a ilha manter o melhor IDH entre as capitais do país. "Sem esse bom resultado no desenvolvimento humano, provavelmente não teríamos promovido o desenvolvimento econômico, cultura e industrial", diz o presidente da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis, Alaor Tissot.

O publicitário Marcelo Pace, 30, foi atraído pela qualidade de vida oferecida pela ilha. Apesar de ter muita tranquilidade, viver perto da natureza e ter segurança, a experiência dele não foi das melhores.

"A ilha é extremamente agradável e bonita. Mas já possui problemas de grandes cidades. O mercado de trabalho é pequeno, na temporada de verão falta tudo e, para quem vem de fora, há muita dificuldade de aceitação", disse. Desempregado a um ano e meio, o paulistano resolveu abrir seu próprio negócio, mas sua renda caiu.

A prefeita Angela Amin (PPB) diz que a estratégia para manter esse status é a continuidade dos projetos sociais e o combate às ocupações irregulares. "É um desafio ter um parâmetro de qualidade como pano de fundo para todas as ações. Mas não podemos ver os índices só com preocupação, mas como objetivos a serem mantidos e melhorados."
 

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