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06/01/2003 - 12h20

"Nasci de novo", diz ambulante ferido em acidente com avião em SP

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FABIO MURUKAWA
do Agora São Paulo

Depois do susto, a glória. Após ser "atropelado" por um avião na tarde de anteontem, o ambulante José Jarbas Peixoto, 62 anos, se considerava um homem de sorte e comemorava a fama devido a visibilidade que seu nome ganhou nos noticiários.

José Patrício/Folha Imagem

O ambulante Peixoto, após deixar o hospital
"Eu nasci de novo. E agora eu virei celebridade", disse ele nos primeiros minutos de ontem, ao deixar o Hospital São Paulo, para onde fora levado após o acidente.

Por volta das 18h45 de anteontem, Peixoto foi atingido pela asa de um bimotor Cessna ao passar por uma calçada que margeia uma das pistas do Aeroporto de Congonhas (zona sul da capital), na avenida Washington Luiz (zona sul da capital). Ele empurrava o carrinho que utiliza para preparar e vender churrasquinhos em frente ao aeroporto.

Quando o avião, sem freios, desceu o gramado que cerca a pista, o ambulante diz que pouco pôde fazer. "Foi uma coisa além da imaginação. Eu me vi morto", disse ele. "Com um acidente desses, era para eu ficar xarope de vez. Não sei como estou vivo."

Mesmo com o carrinho que lhe provém o sustento destruído, Peixoto se considera um afortunado, pois não teve ferimentos graves nem fraturas, como havia sido diagnosticado nos primeiros socorros . Ele saiu do hospital com o ombro esquerdo machucado, traumatismo na face, um corte na testa e um enorme hematoma no olho esquerdo.

"Ainda bem que foi um aviãozinho que me atingiu. Imagina se fosse um daqueles grandões. Eu não estaria aqui para contar a história."

O ambulante diz que continuará fazendo ponto nas imediações do aeroporto. A venda de churrasquinhos naquele local lhe rende, em média, R$ 1.400 mensais. "Mas naquela calçada eu não passo mais. Nem se eu estiver de fogo", garante.

Peixoto foi informado pelos jornalistas de que o avião que o atropelou_procedente de Goiás_ levava o deputado federal Valdemar Costa Neto (PL-SP), também presidente do partido, e a namorada dele, Maria Cristina Mendes Caldeira. Ao saber disso, não perdeu tempo e fez um pedido ao parlamentar.

"Gostaria muito que ele me ajudasse a comprar um outro carrinho para eu poder trabalhar." Feito o pedido, Peixoto voltou para casa. Casado e com três filhos, ele o que ele mais queria naquele momento era encontrar a família.

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