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06/01/2003 - 18h17

Polícia Civil do Pará prende comerciante acusado de pedofilia

MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Belém

A Polícia Civil do Pará prendeu hoje o fotógrafo e comerciante Calebe Costa Portal, 27, acusado de abusar sexualmente de pelo menos quatro crianças com idades entre 6 e 10 anos no município de Igarapé-Açu (120 km de Belém).

Até esta tarde, Calebe não havia constituído advogado, mas negou a acusação em depoimento à polícia. No entanto, horas antes de seu depoimento, ele confessou ter abusado sexualmente de três crianças em entrevista à TV Liberal.

Na entrevista, Calebe também disse estar arrependido do que fez e pediu perdão aos pais das crianças.

Segundo a Polícia Civil, Calebe atraía as crianças por meio de uma loja de jogos de vídeo game que funcionava em sua casa. No local, a polícia apreendeu fotografias de crianças nuas. Ele também aparece em algumas fotos se masturbando ao lado de crianças.

A polícia investiga se as fotos seriam veiculadas na internet e apura também a ligação do acusado com um estúdio de fotografias em Castanhal (77 km de Belém), local onde as fotos eram reveladas.

Calebe teve a prisão preventiva decretada hoje pela Justiça. Ele deverá responder por estupro, atentado violento ao pudor e corrupção de menores. A pena prevista varia de 12 a 20 anos de reclusão.

"Estamos aguardando o laudo realizado nas crianças para verificar se houve penetração. Em princípio, ele [acusado] nega que tenha ocorrido a penetração", disse o delegado de Igarapé-Açu, Joazil Serrão.

Em depoimento à policia, quatro crianças, sendo três meninas e um menino, confirmaram o abuso sexual. Elas também disseram que recebiam dinheiro e eram ameaçadas caso não deixassem que ele tirasse as fotos.

O caso revoltou os cerca de 5.000 moradores de Igarapé-Açu, no nordeste do Pará, e os familiares da crianças. De acordo com a mãe de uma das crianças, que se identificou apenas como M.A., o crime só foi descoberto porque um dos garotos conseguiu uma das fotografias tirada por Calebe e mostrou para sua mãe.

Calebe é carioca e mora há 11 anos no município de Igarapé-Açu. Lá, ele era fotógrafo free-lance e cuidava de sua loja de vídeo games, chamada Play Game. O acusado tinha uma namorada e morava junto com a mãe, segundo a polícia.
 

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