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07/01/2003
-
11h45
da Folha Campinas
O Hospital Conceição Imaculada, em Sumaré (120 km de SP), pode fechar as portas em 15 dias depois de dez anos de intervenção da Secretaria de Estado da Saúde. O controle estadual terminou no dia 31 de dezembro do ano passado, e o prefeito de Sumaré, Dirceu Dalben (PPS), não pretende assumir a direção da instituição.
De acordo com o secretário interino da Saúde, Antonio Carlos Serra, 52, a administração municipal não quer assumir o comando do hospital sem saber como está a saúde financeira da instituição, que realiza procedimentos básicos de atendimento.
"Estamos tentando que o Estado mantenha a intervenção pelo menos até março, para ver o que vamos fazer. Eles [governo] não falam se há ou não dívidas", afirmou o secretário.
As negociações para a transferência da administração do Estado para o município acontecem há dois anos, segundo o coordenador de Saúde do Interior da
Secretaria de Estado, Roberto Mauro Borges, 57. Segundo Borges, caso a administração não aceite administrar o hospital, a saída será fechá-lo.
"A intervenção não tem sentido. Estamos negociando a transferência da administração com a prefeitura há dois anos, e eles não querem assumir. Nossa proposta é que a prefeitura receba, por um ano, R$ 450 mil para que possa tomar pé da situação e manter o atendimento", afirmou o coordenador.
Além da ajuda de custo do Estado, o hospital fatura, hoje, aproximadamente R$ 250 mil, segundo Borges. "As duas contas somadas são suficientes para cobrir os cerca de R$ 600 mil para a administração."
Sem o Conceição Imaculada, resta à população o Hospital Estadual de Sumaré, além dos 13 postos de atendimento básico e o laboratório de especialidades da prefeitura da cidade.
O Hospital Estadual de Sumaré, controlado pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), com 400 leitos, não vai realizar os atendimentos primários.
"Não temos sequer espaço ou infra-estrutura para os atendimentos simples, como os que acontecem no Imaculada", disse o diretor-superintentende do hospital e interventor do Imaculada, Lair Zambon, 46.
"Não é a vocação do Estadual. Esses atendimentos devem ser feitos nos postos de saúde da cidade", afirmou o diretor.
"Fechar o Imaculada é ruim. Os postos de saúde não funcionam", disse o pedreiro Márcio Gomes da Silva, 38, que tem a mulher e o filho com bronquite.
Hospital Conceição Imaculada, em Sumaré, pode fechar as portas
MÁRIO TONOCCHIda Folha Campinas
O Hospital Conceição Imaculada, em Sumaré (120 km de SP), pode fechar as portas em 15 dias depois de dez anos de intervenção da Secretaria de Estado da Saúde. O controle estadual terminou no dia 31 de dezembro do ano passado, e o prefeito de Sumaré, Dirceu Dalben (PPS), não pretende assumir a direção da instituição.
De acordo com o secretário interino da Saúde, Antonio Carlos Serra, 52, a administração municipal não quer assumir o comando do hospital sem saber como está a saúde financeira da instituição, que realiza procedimentos básicos de atendimento.
"Estamos tentando que o Estado mantenha a intervenção pelo menos até março, para ver o que vamos fazer. Eles [governo] não falam se há ou não dívidas", afirmou o secretário.
As negociações para a transferência da administração do Estado para o município acontecem há dois anos, segundo o coordenador de Saúde do Interior da
Secretaria de Estado, Roberto Mauro Borges, 57. Segundo Borges, caso a administração não aceite administrar o hospital, a saída será fechá-lo.
"A intervenção não tem sentido. Estamos negociando a transferência da administração com a prefeitura há dois anos, e eles não querem assumir. Nossa proposta é que a prefeitura receba, por um ano, R$ 450 mil para que possa tomar pé da situação e manter o atendimento", afirmou o coordenador.
Além da ajuda de custo do Estado, o hospital fatura, hoje, aproximadamente R$ 250 mil, segundo Borges. "As duas contas somadas são suficientes para cobrir os cerca de R$ 600 mil para a administração."
Sem o Conceição Imaculada, resta à população o Hospital Estadual de Sumaré, além dos 13 postos de atendimento básico e o laboratório de especialidades da prefeitura da cidade.
O Hospital Estadual de Sumaré, controlado pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), com 400 leitos, não vai realizar os atendimentos primários.
"Não temos sequer espaço ou infra-estrutura para os atendimentos simples, como os que acontecem no Imaculada", disse o diretor-superintentende do hospital e interventor do Imaculada, Lair Zambon, 46.
"Não é a vocação do Estadual. Esses atendimentos devem ser feitos nos postos de saúde da cidade", afirmou o diretor.
"Fechar o Imaculada é ruim. Os postos de saúde não funcionam", disse o pedreiro Márcio Gomes da Silva, 38, que tem a mulher e o filho com bronquite.
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