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12/01/2003 - 03h01

Litoral norte aposta em opções "extrapraia" para o verão 2003

FABIANA CORRÊA
da Folha Vale

As opções de lazer para o turista que vai ao litoral norte de São Paulo na atual temporada de verão vão muito além do banho de mar e da exposição ao sol. É cada vez maior, segundo agências de turismo da região, a procura por atividades de lazer extrapraia e pela agitada vida noturna.

Além dos 128 quilômetros de praias, a região concentra ao menos 35 trilhas e 60 cachoeiras espalhadas pela mata atlântica, na serra do Mar, e reúne atividades de lazer e esportivas que podem ser praticadas pela maioria.

Em São Sebastião, município que possui a maior extensão de costa do litoral norte, com 110 km, e algumas das praias mais badaladas do Estado, como as do eixo Maresias-Boiçucanga-Camburi, um dos roteiros mais procurados no verão, além das belas praias e da vida noturna, é o passeio pelas trilhas e cachoeiras.

Uma das trilhas mais perseguidas é a do ribeirão de Itu, onde é possível praticar atividades como rapel, tirolesa (atravessar de uma extremidade a outra utilizando cabo ou corda) e trekking (caminhada longa em trilhas, com obstáculos naturais).

O local, que fica a pouco mais de três quilômetros do centro da praia de Boiçucanga, possui cinco cachoeiras e oito quilômetros de trilha. A primeira delas, conhecida como Pedra Lisa, tem uma queda de 50 metros e é bastante utilizada para a prática de rapel.

O publicitário André Perri, 28, que mora em São Paulo e tem casa há 12 anos em Maresias, também na costa sul, conheceu o lugar na última semana. "Ficamos presos naquele roteiro praia-balada e não nos demos conta de que estamos tão próximos da natureza", disse Perri, que praticou rapel pela primeira vez na cachoeira.

Para o guia ecológico Humberto Cunha Olguins, 28, da agência AMA Brasil, a procura pelo ecoturismo no litoral norte cresceu "mais de 100%" em relação à temporada passada. "Os turistas começaram a descobrir uma maneira de conhecer programas diferentes e, além disso, se exercitar."
Na cachoeira de Calhetas, também em São Sebastião, há uma queda de 90 metros onde é praticado o cascading, uma espécie de rapel feito na cachoeira.

"Nunca havia feito esse tipo de esporte. Nem é tão difícil. Com certeza, vou aproveitar melhor o cenário do litoral", disse Bárbara Thomaz, também paulistana, maioria entre os turistas.

A trilha da Água Branca, em Ilhabela, revitalizada no mês passado, tem cinco quedas d'água. No total, são dois quilômetros e um observatório de pássaros de sete metros de altura.

A jornalista Adriana De Cunto, 37, de Londrina, afirmou que, apesar de sempre passar as férias no litoral norte, não conhecia as cachoeiras de Ilhabela. "Misturando praia e verde, dá para variar, você não fica preso só naquele ambiente da areia."

Também é possível chegar à trilha de bicicleta. O aluguel custa R$ 5 a hora em uma das agências de Ilhabela. Há, ainda, o aluguel de cavalos, que sai por R$ 30 o passeio de duas horas.

Segundo Alexandre Carvalho, funcionário da agência Lokal Dive, a procura por passeios fora do eixo da praia vem crescendo "consideravelmente". "No ano passado, só tínhamos 12 bicicletas para locação. Neste ano, tivemos de aumentar a frota para 30 para poder atender a todos."

Mesmo na praia, há boas opções de lazer além do banho de mar, como o parasail (passeio em um pára-quedas puxado por uma lancha, a uma altura de 40 metros), disponível na praia Engenho D'Água, em Ilhabela.

A empresária Flávia Vasconcellos Gusmão, 32, outra paulistana, já fez o passeio, com seus quatro filhos -o mais velho de 10 anos. "Nós gostamos de emoção, não de ficar o dia todo na areia."

O passeio até a praia de Castelhanos, no extremo de Ilhabela oposto ao continente, que tem várias cachoeiras no caminho, pode ser feito de jipe (R$ 40 a hora).

Em Ubatuba, no extremo da praia de Itamambuca, uma das praias mais badaladas do município, é possível alugar um caiaque ou um pedalinho e chegar até a área de mangue do rio que dá nome à praia. O aluguel do equipamento custa R$ 10 a hora.

Mas, com tantos atrativos, a região também enfrenta problemas: cerca de 90% dos hotéis e pousadas da região foram afetados pelo falta d'água desde o Réveillon.

Leia mais sobre o verão 2003
 

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